Notícia
TAP prepara injecção de 83 milhões para comprar Varig
O presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, além das três propostas apresentadas na assembleia geral de credores, realizada, ontem, apresentou uma carta de intenções de Fernando Pinto reiterando o interesse da companhia portuguesa em participar na rees
O presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, além das três propostas apresentadas na assembleia geral de credores, realizada, ontem, apresentou uma carta de intenções de Fernando Pinto reiterando o interesse da companhia portuguesa em participar na reestruturação da homóloga brasileira que poderá implicar numa injecção de 100 milhões de dólares (83 milhões de euros).
A carta de Fernando Pinto declara que a TAP «permanece interessada em participar do capital da Varig» e que a «TAP e seus investidores estariam preparados para fazer um aporte de capital necessário à implementação da reestruturação da Varig». Mas a companhia portuguesa impõe condições.
Fonte oficial da TAP confirmou ao Jornal de Negócios Online a entrega da carta de intenções, apesar de não ter adiantado o conteúdo da mesma.
A sua oferta só será concretizada, depois de equacionada «a da dívida fiscal e previdenciária» da Varig. É também indispensável que «pelo menos parte do crédito do fundo de Pensões Aerus- cerca de 1,8 mil milhões de reais - fosse solucionado».
Apesar da carta de intenções não falar em valores, o presidente da Varig disse que a TAP emprestará 100 milhões de dólares à Varig para dar inicio ao negócio de compra de 20% do capital da Varig.
Numa segunda fase, de acordo com Omar, a TAP também manifestou interesse em participar de um processo de capitalização que traria entre 300 a 400 milhões de dólares (250 a332 milhões de euros) à Varig.
A TAP, de acordo com o presidente da Varig, informou que contratou a JP Morgan para assessorá-la neste negócio.
Ontem, foi a reunião para escolha dos representantes de credores com vista à reestruturação da transportadora aérea brasileira.
Concretas, foram apresentadas três propostas que a Justiça brasileira já recebeu. Uma da administração, a outra do empresário Nelson Tanure que tem apoio dos sindicatos e outra de um grupo de investidores asiáticos com a garantia do português Banco Efisa que conta com o apoio do grupo Trabalhados do Grupo Varig (TGV).
*Correspondente em São Paulo