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Santander acredita na venda de activos da Sonae no Brasil

A aquisição dos activos que a Sonae tem na área de distribuição no Brasil pelo ex-parceiro estratégico Carrefour pode ser a próxima movimentação no retalho brasileiro, segundo perspectiva a analista Daniela Bretthauer do Santander Central Hispano Investme

06 de Maio de 2005 às 09:29
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A aquisição dos activos que a Sonae tem na área de distribuição no Brasil pelo ex-parceiro estratégico Carrefour pode ser a próxima movimentação no retalho brasileiro, segundo perspectiva a analista Daniela Bretthauer do Santander Central Hispano Investment.

Numa nota publicada sobre o reforço, ontem anunciado, do grupo francês Casino no maior grupo de retalho brasileiro, o Pão de Açúcar, a analista revela que, neste cenário concorrencial, a "retalhista portuguesa pode ser colocada à venda e o Carrefour é o grupo melhor posicionado para adquirir a rede, dado o relacionamento passado na ‘holding’".

Questionada pelo Jornal de Negócios, a analista brasileira explicou que esse negócio, na sua opinião, acontecerá mesmo que as relações entre os dois não tivessem sido as melhores. Belmiro de Azevedo quis que o parceiro vendesse a sua posição de 20% na Modelo Continente, que agrega os activos de retalho do grupo em Portugal, devido a incompatibilidades dos sócios. "Eles, pelo menos, já se conhecem", justificou a analista.

Da parte da Sonae, nada tem sido dito da saída do grupo na distribuição no Brasil. O que a empresa já admitiu foi que colocou à venda os 18 hipermercados que detém no Estado de São Paulo para focar-se nas actividades ao Sul do país, onde consegue ainda a liderança apesar do aumento da concorrência no sector.

Esta movimentação do Carrefour seria vista como um meio para retirar a liderança ao seu principal concorrente que agora ganhou um parceiro de "peso" ou para antecipar movimentações da "gigante" Wal-Mart que, com a compra da rede Bompreço, passou da sexta para a terceira posição, que era ocupada pela Sonae Distribuição Brasil.

"Muitos não acreditavam que a Wal-Mart ficasse, mas ela sempre quer ser a primeira ou a segunda nos mercados em que actua", lembrou a analista, antecipando novas operações no sector. A par do Pão de Açúcar, quem mais cresceu, no ano passado, no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados, foi a multinacional americana.

Partilha de controlo

Segundo Abílio Diniz, filho do fundador do grupo que já esteve em Portugal mas acabou por vender a rede Jumbo ao também francês Auchan, o negócio da partilha do controlo do grupo e até, venda da posição maioritária, foi a alternativa encontrada pelo grupo para continuar a crescer no Brasil num cenário de juros elevados e com reduzida apetência por um novo aumento de capital pelos accionistas.

Nos próximos quatro anos, com esse acordo com a Casino, o Pão de Açúcar vai inaugurar 160 novas unidades, 120 supermercados e 40 hipermercados com 2,5 mil milhões de reais de investimento.

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