Notícia
Rogério Alves diz ser "falso" financiamento da sua campanha pela UNI
O ex-bastonário da Ordem dos Advogados Rogério Alves disse hoje ser "absolutamente falso" a declaração de Lima de Carvalho, arguido no caso da Universidade Independente (UNI), de que dinheiro da UNI serviu para financiar a sua eleição, entre outros fins.
04 de Dezembro de 2009 às 19:10
O ex-bastonário da Ordem dos Advogados Rogério Alves disse hoje ser "absolutamente falso" a declaração de Lima de Carvalho, arguido no caso da Universidade Independente (UNI), de que dinheiro da UNI serviu para financiar a sua eleição, entre outros fins.
"É uma mentira grosseira, é completamente falso", declarou à agência Lusa Rogério Alves, reagindo às declarações de Amadeu Lima de Carvalho, accionista maioritário da SIDES (empresa detentora da extinta UNI), no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), na instrução do caso UNI.
O ex-bastonário dos advogados referiu que tal "mentira" tem vindo a ser dita desde 2007 e que a mesma "ofende um conjunto de pessoas que são visadas por uma declaração ridícula".
Questionado sobre o alegado desvio de dinheiro da SIDES, Lima de Carvalho denunciou que 90 mil euros serviram para financiar a campanha do ex-bastonário da Ordem dos Advogados Rogério Alves, uma campanha da Associação Sindical dos Juízes através da então mulher do também arguido Rui Verde e para pagar viagens a deputados da Assembleia da República a Inglaterra para aprenderem inglês.
Das verbas supostamente desviadas da UNI, o arguido revelou também que 150 mil euros serviram para financiar uma campanha eleitoral do PSD em Santarém, por intermédio do então vice-reitor Rui Verde, sem adiantar mais pormenores.
Lima de Carvalho acusou ainda vários funcionários do BCP de terem falsificado uma garantia bancária de um milhão de euros para beneficiar Rui Verde, de forma a que este lhe pagasse dívidas pessoais e da então mulher (a juíza Isabel Magalhães).
Garantindo não ter dívidas à banca enquanto accionista da SIDES, Amadeu Lima de Carvalho revelou que, a título pessoal e já após a sua detenção em Março de 2007, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) lhe emprestou um milhão de euros, mediante hipoteca da sua casa, tendo admitido em tribunal que há cinco anos que não declara rendimentos, nem paga IRS.
Quanto ao encerramento compulsivo da UNI, Lima de Carvalho garantiu que a instituição foi encerrada por ordem do primeiro-ministro, José Sócrates, entendendo que este antigo aluno da UNI "foi enganado".
A audição de Lima de Carvalho, acusado de 46 crimes, prossegue no dia 15, sendo sua intenção pedir a nulidade do processo, alegando que "corrupção, branqueamento e fraude fiscal não são crimes da competência do Tribunal de Instrução Criminal, que ordenou a sua prisão preventiva durante noves meses, mas sim do TCIC".
Em Fevereiro último, após uma investigação iniciada em 2006, o Ministério Público deduziu acusação contra 26 arguidos (pessoas singulares e colectivas) por crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificada, falsificação de documento, burla qualificada, corrupção activa/passiva e branqueamento de capitais, entre outros ilícitos.
Na sequência do caso, a UNI foi encerrada compulsivamente a 02 de Agosto de 2007 pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago.
"É uma mentira grosseira, é completamente falso", declarou à agência Lusa Rogério Alves, reagindo às declarações de Amadeu Lima de Carvalho, accionista maioritário da SIDES (empresa detentora da extinta UNI), no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), na instrução do caso UNI.
Questionado sobre o alegado desvio de dinheiro da SIDES, Lima de Carvalho denunciou que 90 mil euros serviram para financiar a campanha do ex-bastonário da Ordem dos Advogados Rogério Alves, uma campanha da Associação Sindical dos Juízes através da então mulher do também arguido Rui Verde e para pagar viagens a deputados da Assembleia da República a Inglaterra para aprenderem inglês.
Das verbas supostamente desviadas da UNI, o arguido revelou também que 150 mil euros serviram para financiar uma campanha eleitoral do PSD em Santarém, por intermédio do então vice-reitor Rui Verde, sem adiantar mais pormenores.
Lima de Carvalho acusou ainda vários funcionários do BCP de terem falsificado uma garantia bancária de um milhão de euros para beneficiar Rui Verde, de forma a que este lhe pagasse dívidas pessoais e da então mulher (a juíza Isabel Magalhães).
Garantindo não ter dívidas à banca enquanto accionista da SIDES, Amadeu Lima de Carvalho revelou que, a título pessoal e já após a sua detenção em Março de 2007, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) lhe emprestou um milhão de euros, mediante hipoteca da sua casa, tendo admitido em tribunal que há cinco anos que não declara rendimentos, nem paga IRS.
Quanto ao encerramento compulsivo da UNI, Lima de Carvalho garantiu que a instituição foi encerrada por ordem do primeiro-ministro, José Sócrates, entendendo que este antigo aluno da UNI "foi enganado".
A audição de Lima de Carvalho, acusado de 46 crimes, prossegue no dia 15, sendo sua intenção pedir a nulidade do processo, alegando que "corrupção, branqueamento e fraude fiscal não são crimes da competência do Tribunal de Instrução Criminal, que ordenou a sua prisão preventiva durante noves meses, mas sim do TCIC".
Em Fevereiro último, após uma investigação iniciada em 2006, o Ministério Público deduziu acusação contra 26 arguidos (pessoas singulares e colectivas) por crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificada, falsificação de documento, burla qualificada, corrupção activa/passiva e branqueamento de capitais, entre outros ilícitos.
Na sequência do caso, a UNI foi encerrada compulsivamente a 02 de Agosto de 2007 pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago.