A mesma administração para uma "nova" Qimonda Portugal. Armando Tavares vai continuar a presidir à comissão executiva da empresa instalada em Vila do Conde, que adoptará hoje uma nova marca e denominação social, adiantou ao Negócios Basílio Horta, presidente da AICEP.

A nova empresa vai adoptar um novo nome, Nanium, e empregar 380 trabalhadores, avança a edição de hoje do “Diário Económico”.

Outra novidade é a escolha de Daniel Bessa, antigo ministro da Economia e actual director-geral da Cotec Portugal, para presidente da assembleia-geral da sucessora da Qimonda Portugal, noticia hoje o Negócios, adiantando que o Estado irá deter 17% do capital da empresa, enquanto o BES e o BCP dividirão em partes iguais os 83% restantes.

Uma estrutura accionista que resultará da conversão dos créditos destas entidades sobre a Qimonda Portugal em capital, no âmbito de uma operação harmónio que reduzirá a zero o capital, seguindo-se um aumento a fixar-se nos 30 milhões de euros. O novo quadro jurídico e operacional da ex-futura Qimonda Portugal será hoje votado em assembleia de credores da empresa, com a até agora "casa-mãe" a ficar de fora do processo, não tendo direito a subscrever capital.

Com o reinício da produção previsto para o final deste ano, princípio do próximo, a fábrica, que chegou a empregar cerca de duas mil pessoas, tem hoje ao serviço apenas 239 funcionários, continuando cerca de 130 em "lay off". Após ter sido, há dois anos, a maior exportadora portuguesa, com vendas ao exterior de 1,4 mil milhões de euros, a sua sucessora estima agora atingir vendas de 84,3 milhões de euros no seu primeiro exercício. E resultados operacionais positivos no exercício seguinte.