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Primeiro trimestre de Zeinal inverte queda livre da Oi

Indicadores trimestrais mostram inversão em factores críticos da empresa brasileira. Dívida líquida cai mais que o previsto, perda de clientes e malparado são estancados, rentabilidade aumenta. Boas notícias para… a PT.

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Os resultados do terceiro trimestre da Oi, apresentados esta quarta-feira, ficaram marcados por um resultado líquido de 172 milhões de reais, uma quebra de 70% face ao mesmo período do ano passado. As receitas estabilizaram em 7,09 mil milhões de reais (mais 0,8% que no terceiro trimestre de 2009), o EBITDA (“cash flow” operacional) de 2,19 mil milhões de reais comporta uma descida de 2,3% face ao mesmo período do ano passado.

 

Além da análise homóloga, há razões especiais para realçar também a análise em cadeia, isto é, face ao trimestre anterior. Assim acontece porque, em primeiro lugar, a empresa tem vindo a acentuar vários dos seus problemas ao longo do tempo, sendo o maior de todos a sua dívida, considerada elevada e em crescimento imparável até aqui. Mas há outra razão que justifica a análise em cadeia: o terceiro trimestre de 2013 é o primeiro trimestre completo da gestão de Zeinal Bava depois do anúncio da fusão da empresa com a PT.

 

Os dados em cadeia, que têm sido analisados pelas casas de investimento, revelam primeiro uma melhoria da rentabilidade da empresa, que resulta de um corte de 6% dos custos face a uma ligeira subida das receitas, de 0,4%. Isto levou a uma melhoria de 19% do EBITDA da empresa face ao trimestre anterior, para um valor de 2,13 mil milhões de reais. A margem de EBITDA (que, simplificadamente, significa rentabilidade operacional) foi assim de 30,1%, o que coloca a empresa no topo da rentabilidade no sector das telecomunicações do Brasil neste terceiro trimestre. Do ponto de vista económico, outro factor pode indiciar o fim do declínio da actividade da Oi: o “churn”, isto é, a perda de clientes para outras operadoras, caiu, quebrando a tendência. Resultado da introdução de medidas de fidelização dos clientes, como a oferta de serviços em pacote, promoção da convergência e adaptação das ofertas à geografia.

 

Face ao trimestre anterior, os lucros da Oi subiram quase 300 milhões de reais, passando de um prejuízo para um resultado líquido positivo de 172 milhões de reais. Além da melhoria operacional, também o resultados financeiros apoiaram a subida dos resultados líquidos.

 

Dívida cai pela primeira vez em oito trimestres

 

Do ponto de vista financeiro, a dívida líquida está agora em 29,29 mil milhões de reais. O valor é apenas 0,7% menor do que o do trimestre anterior – mas inverte a tendência galopante anterior. Há oito trimestres que a dívida líquida da Oi não descia. Só neste último ano (do terceiro trimestre de 2012 para o terceiro trimestre de 2013) a dívida líquida subiu quase 20%. Esta inversão surpreendeu aliás os maioria dos analistas. Com estes valores, o rácio de dívida líquida sobre EBITDA passou a ser de 3,4 vezes.

 

A dívida líquida desceu em grande parte devido à melhoria quer do EBITDA, quer do capital circulante, o que resulta em parte do aumento dos clientes de pré-pago, que pagam “à cabeça” e sem risco de crédito. Verificou-se uma descida do volume de dívidas de clientes não pagas, um dos problemas típicos da operação brasileira. O PDD (malparado) da Oi é agora de 201 milhões de reais, menos 37,8% do que três meses antes.

 

 

Legenda: Valores em reais

 

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