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Prejuízos da JM atingem 17,1 milhões (actualização)
A Jerónimo Martins (JM) registou um prejuízo de 17,1 milhões de euros (3,4 milhões de contos) no primeiro trimestre do ano, valor penalizado pelos encargos financeiros da empresa.
A Jerónimo Martins (JM) registou um prejuízo de 17,1 milhões de euros (3,4 milhões de contos) no primeiro trimestre do ano, valor penalizado pelos encargos financeiros da empresa.
Os resultados financeiros registaram um valor negativos de 48,4 milhões de euros (9,7 milhões de contos), mais do dobro dos 23,6 milhões de euros (4,7 milhões de contos) registados em igual período do ano passado.
O custo efectivo da dívida e a volatilidade cambial, fruto da exposição que o grupo tem em mercados emergentes influenciaram a quebra nas rubricas financeiras, disse a empresa.
As vendas consolidadas do grupo subiram 17% no trimestre, com crescimentos homólogos na cadeia de lojas de desconto polaca Biedronka de 35,3%, e no Brasil, com o segmento de minihipers a registar uma subida de 25,1%.
A empresa refere em comunicado que os resultados trimestrais «confirmam as tendências de recuperação das operações de distribuição que constituem a aposta do grupo, e o impacto negativo dos encargos financeiros que justificaram as medidas de reestruturação anunciadas».
A Jerónimo Martins aprovou recentemente um plano de reestruturação que passa pela divisão da empresa em duas «holdings»: uma direccionada para as participações financeiras e outra para a gestão da actividade de retalho e distribuição.
O «cash flow» operacional (EBITDA) do grupo caiu de 10,8% para os 8,6% das vendas, afectado pelo comportamento do sector da indústria e serviços. O comportamento deste sector registou uma quebra de 1,1 pontos percentuais, arrastado pela redução de vendas de produtos com margem bruta mais elevada.
Para o grupo liderado por Alexandre Soares dos Santos, os resultados do segundo trimestre «irão acentuar progressivamente os sinais de recuperação operacionais evidenciados».
A Jerónimo Martins fechou a última sessão a recuar 2,34% para os 7,52 euros (1.508 escudos).