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Portugália prevê fechar 2003 sem lucros após primeiro trimestre mau

Não vai ser em 2003 que a Portugália chegará aos lucros. «Tendo em conta a actual situação, o objectivo da PGA é não perder dinheiro este ano», adiantou o presidente da empresa ao Negocios.pt. No orçamento a PGA previa lucros de 2,5 milhões de euros.

14 de Abril de 2003 às 20:17
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Não vai ser em 2003 que a Portugália Airlines chegará aos lucros. «Tendo em conta a actual situação, o objectivo da PGA é não perder dinheiro este ano», adiantou o presidente da empresa, João Ribeiro da Fonseca, ao Negocios.pt. No orçamento a companhia previa lucros de 2,5 milhões de euros.

João Ribeiro da Fonseca justificou a revisão em baixa das expectativas da empresa (o orçamento para este ano apontava para lucros de 2,5 milhões de euros) com os maus resultados registados nos primeiros três meses de actividade da empresa este ano. «O primeiro trimestre "comeu" o lucro previsto para este ano», frisou o líder da PGA, sem adiantar números.

Face à crise que afecta o sector, que Ribeiro da Fonseca classifica como «a mais longa» da sua vida profissional, o presidente da companhia do Grupo Espírito Santo diz que está a gerir a PGA «por navegação à vista». E que ficaria «muito espantado se alguém doutra companhia disser que está a fazer de maneira diferente».

O ano passado a PGA teve prejuízos de 7,5 milhões de euros, um valor semelhante ao verificado em 2001.

Ribeiro da Fonseca afastou completamente a possibilidade de haver uma fusão com a TAP, desvalorizando a tese defendida por Cardoso e Cunha de que faria todo o sentido a integração da PGA e da SATA com a TAP. «Estou em desacordo com as suas declarações. Defendo o caminho da cooperação entre as duas companhias, mas daí a haver uma fusão vai uma distância muito grande», afirmou, dizendo-se «totalmente contra» este cenário.

«Até porque», acrescentou, «se a TAP não tem dinheiro para si quanto mais para fazer compras. E nem o accionista Estado pode lá meter dinheiro...», observou. «Mais vantajoso para a TAP era comprar os Transportes Aéreos de Cabo Verde, que é uma posição estratégica para o futuro...», concluiu.

Estas declarações ao Negocios.pt foram feitas à margem da cerimónia de lançamento do novo voo diário Porto-Zurich pela Portugália e a TAP em regime de «codeshare». João Ribeiro da Fonseca adiantou que esta linha já regista um total de reservas que garantem, até ao final do corrente mês, uma ocupação superior a 65% dos lugares do avião (50).

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