Os representantes dos cerca de 250 trabalhadores da fábrica Johnson Controls, instalada em Portalegre, manifestaram-se hoje preocupados e surpreendidos com o eventual encerramento da unidade, que produz equipamentos interiores para automóveis.

António Branco, porta-voz da comissão de trabalhadores e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos e Afins, disse hoje à agência Lusa que "ninguém estava à espera" do fecho da fábrica, que qualificou como uma "medida economicista".

A notícia do fecho da fábrica foi avançada ontem pelo Jornal de Negócios.

"A fábrica está a laborar a 100 por cento e com encomendas", afirmou o dirigente sindical, indicando que o fecho da unidade deverá ser hoje comunicado aos trabalhadores no decorrer de uma reunião com responsáveis da multinacional norte-americana Johnson Controls.

A multinacional norte-americana vai encerrar as fábricas de Portalegre e de Nelas (Viseu), lançado no desemprego quase mil trabalhadores.

A medida estará relacionada com um processo de reestruturação do grupo a nível europeu, envolvendo a deslocalização da produção para outro país, mantendo-se apenas a fábrica de Palmela, a terceira que a multinacional detém em Portugal.

A Johnson Controls, Assentos de Espuma, Lda, está instalada em Portalegre desde 1993, mantendo actualmente 250 trabalhadores.