A Morgan Stanley poderá alterar a sua proposta de aquisição da Canary Wharf para uma oferta de compra hostil, de modo a conseguir aprovar a medida sem necessitar do apoio de 75% dos accionistas.

Desde há oito meses que a norte-americana Morgan Stanley e a canadiana Brascan vêm disputando promotora imobiliária inglesa Canary Wharf, gestora de um parque empresarial em Londres.

Depois de ontem a Brascan ter elevado a sua proposta de aquisição para 275 pence por acção, a Morgan Stanley prepara-se para uma alteração no seu modelo de oferta que poderá desbloquear a aquisição da imobiliária inglesa.

A empresa, que propôs uma oferta de 1,6 mil milhões de libras (2,36 mil milhões de euros), precisa de aprovação de 75% dos accionistas para concluir o negócio. O que será impossível de atingir já que a rival Brascan, o fundador da Canary Wharf Paul Reichman e a empresa de fundos Franklin Resources detêm uma participação de 24,7%, estão contra o negócio.

Assim sendo, a Morgan Stanley deverá fazer uma oferta de compra hostil à Canary Wharf, só precisando então da aprovação de uma maioria simplificada para poder avançar com a operação.

O valor de mercado da Canary Wharf aumentou mais de 50% desde 5 de Junho, dia que antecedeu o anúncio da empresa de que estava disponível para venda.

As acções da Canary Wharf [CWG LN] seguiam a ganhar 1% para os 278,77 pence (4,11 euros).

As acções da Morgan Stanley encerraram a cair 1,35% para os 59,26 dólares (46,22 euros).

As acções da Brascan fecharam a ganhar 3,13% para os 46,10 dólares canadianos (27,30 euros).