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Modelo Continente reduz lucros em 36%; aumenta capital (act2)

A Modelo Continete anunciou hoje que teve lucros após interesses minoritários de 46 milhões de euros, menos 36% que no período homólogo, devido à queda do contributo do Brasil, que levou a empresa a realizar um aumento de capital.

29 de Outubro de 2002 às 18:09
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A Modelo Continete anunciou hoje que teve lucros após interesses minoritários de 46 milhões de euros, menos 36% que no período homólogo, devido à queda do contributo do Brasil, que levou a empresa a realizar um aumento de capital.

As vendas líquidas desceram 4% para 2,6 mil milhões de euros, nos primeiros nove meses deste ano. O EBITDA caiu 16% para 185 milhões de euros e o resultado operacional desceu 28% até aos 101 milhões de euros.

As vendas em Portugal ascenderam a 1,982 mil milhões de euros, aumentando 5% e no Brasil registaram um valor de 2,395 milhões de reais, «o que traduz uma diminuição de 2% em moeda local, ao que não é alheio o contexto de mercado particularmente adverso naquele país», refere a empresa num comunicado.

Depois de convertidas para euros as vendas no Brasil desceram 18% para 991 milhões de euros.

Para o mesmo período a empresa libertou um «cash-flow» operacional de 185 milhões de Euros, valor inferior ao do ano anterior em cerca de 35 milhões de euros mas a que corresponde um rácio sobre vendas líquidas de 7,1%.

A empresa de distribuição do grupo Sonae explica a queda dos lucros «num quadro de uma envolvente externa adversa e de uma quebra no contributo da operação do Brasil muito por força da forte perda de valor do real».

O endividamento financeiro líquido consolidado da empresa ascendia no final de Setembro a 925 milhões de euros. «Este valor é ligeiramente inferior ao do período homólogo de 2001, facto este que espelha a forte capacidade de autofinanciamento da empresa, que tem mantido elevados níveis de investimento», acrescenta a Modelo Continente.

Aumento de capital de 100 milhões de euros

A Modelo Continente vai realizar um aumento de capital de 100 milhões de euros, para 1,1 mil milhões de euros, por novas entradas em dinheiro.

Noutro comunicado a empresa afirma que vai «aumentar o capital social de mil para 1,1 mil milhões de euros, por reforço de 100 milhões de euros, por novas entradas em dinheiro, com a emissão de 100 milhões de novas acções, ordinárias, ao portador, sob a forma escritural, com o valor nominal de 1 euro cada uma»

As acções vão ser oferecidas aos accionistas que exerçam os respectivos direitos de preferência, na proporção de uma acção por cada dez detidas ao preço de 1 euro cada uma, a serem subscritas indirectamente por um sindicato bancário que, as oferecerá aos seus accionistas nos termos e condições que vierem a ser fixados entre a sociedade e o referido sindicato bancário.

As novas acções a emitir, em consequência, do referido aumento de capital terão direito à totalidade do dividendo relativo ao exercício do ano de 2002.

« A empresa acomodará por esta via a manutenção de uma estrutura de capitais sólida e equilibrada, e limitará o impacto contabilístico ao nível dos capitais próprios decorrente da deterioração acentuada da taxa de câmbio da moeda brasileira, posicionando-se assim num patamar considerado desejável para fazer face às suas oportunidades de desenvolvimento», refere a mesma fonte.

A Sonae SGPS é a maior accionista da Modelo Continente, sendo a Carrefour a segunda maior accionista.

A Modelo Continente fechou a cair 1,21% para os 1,63 euros.

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