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Mandato claro para Santos Ferreira

"É a prova da coesão accionista", na opinião de António Mexia, apontado como um dos principais arquitectos da solução. Carlos Santos Ferreira obteve dos accionistas reunidos no Porto um mandato muito claro para liderar o banco e fazê-lo regressar ao enfoq

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"É a prova da coesão accionista", na opinião de António Mexia, apontado como um dos principais arquitectos da solução. Carlos Santos Ferreira obteve dos accionistas reunidos no Porto um mandato muito claro para liderar o banco e fazê-lo regressar ao enfoque no negócio e na criação de valor.

Se a assembleia do BCP tivesse sido uma prova de doutoramento, Santos Ferreira teria passado com louvor e aclamação, apesar de ter feito questão de não comparecer ao exame. A dimensão da vitória surpreendeu, mesmo, alguns dos seus apoiantes, que não esperavam um valor tão próximo da unanimidade. António Mexia, da EDP, disse que foi uma "prova da coesão accionista".

Apesar das polémicas públicas, incluindo as divergências sobre o nome de Armando Vara, Carlos Santos Ferreira recebeu uma mandato inequívoco para liderar o BCP no próximo triénio. Um sinal de que os accionistas estão cansados de lutas fracturantes e querem que a gestão se concentre no negócio e em criar valor.

Uma fonte da alta direcção do BCP sublinhou a importância da união de esforços na nova administração, que marca "o regresso de uma pessoa da casa e a promoção de quatro quadros" e a necessidade de não empolar a divergência nos outros pontos. E rejeitou que o conflito institucional que marcou o BCP tenha tido impacto na sua direcção.

No final, Miguel Cadilhe dizia-se "muito satisfeito com os resultados, que não foram uma surpresa". Mas considerou "inadmissível a quebra de neutralidade da Caixa Geral de Depósitos, que é mais uma demonstração da ingerência política neste processo".

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