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Luz Saúde continua a não pagar dividendos

A estratégia de crescimento do grupo de saúde liderado por Isabel Vaz impede, há anos, a distribuição de remuneração aos accionistas. Uma posição que tem recolhido o acolhimento do principal dono, a Fidelidade.

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A Luz Saúde não vai pagar dividendos aos accionistas. A empresa, de que a Fidelidade controla 98,78%, prefere guardar o dinheiro para sustentar a estratégia de expansão. Desde que foi comprada pela seguradora, em 2014, é a solução. Mesmo antes disso, já acontecia. 

 

"Mantendo-se em curso um ambicioso projecto de expansão do Grupo Luz Saúde, entendeu o conselho de administração propor a não distribuição de dividendos em 2017, podendo desse modo afectar-se os fundos disponíveis à concretização da estratégia projectada", indica a convocatória à assembleia-geral de accionistas agendada para 25 de Maio.

 

O lucro alcançado em 2016, de 6,7 milhões de euros numa lógica individual, vai ser aplicado na reserva legal, obrigatória, mas sobretudo em reservas livres. A proposta é feita pelo conselho de administração da Luz Saúde, cujo presidente é Jorge Magalhães Correia, líder da Fidelidade. A seguradora detida pela Fosun é a empresa que mais abdica dos dividendos, pelo capital da companhia que tem em sua posse. O restante, apenas pouco mais de 1 milhão de acções de um total de 95 milhões, está disperso em bolsa. Esta quarta-feira, os títulos valem 2,12 euros. Cada acção foi comprada pela Fidelidade a 5,01 euros em 2014.

 

Do lucro da Luz Saúde, de que Isabel Vaz é a presidente executiva, haverá uma distribuição por colaboradores e administradores executivos, num valor máximo de 465 mil euros. A comissão de remunerações do grupo que detém o Hospital da Luz é que vai determinar o que receberão os gestores.

 

Desde que está na Fidelidade, a Luz Saúde não tem pago dividendos, justificando a opção com a estratégia de expansão. Em 2014, quando a Fidelidade lançou a oferta pública de aquisição sobre a companhia, que pertencia ao Grupo Espírito Santo, a intenção era a de distribuir esta remuneração accionista em 2015. Não ocorreu devido, mais uma vez ao "ambicioso projecto" de crescimento do grupo privado de prestação de cuidados de saúde. Também quando era Espírito Santo Saúde não houve pagamento de dividendo mas, nesse caso, seria reduzir a dívida.

 

A empresa tem feito várias compras desde que está na Fidelidade, do grupo Fosun, sendo que, em 2017, foi na Madeira que a Luz Saúde se expandiu com a aquisição da Clínica de Santa Catarina.

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