Notícia
Lucros do BPI caem 57,7% em 2008 e falham previsões (act)
O banco liderado por Fernando Ulrich anunciou hoje que obteve um resultado líquido de 150,3 milhões de euros em 2008, um valor que representa uma quebra de 57,7% face ao obtido no exercício do ano anterior. Os resultados saíram abaixo das previsões dos analistas, tendo sido penalizados pelas perdas com a posição no BCP e os custos com reformas antecipadas.
O banco liderado por Fernando Ulrich anunciou hoje que obteve um resultado líquido de 150,3 milhões de euros em 2008, um valor que representa uma quebra de 57,7% face ao obtido no exercício do ano anterior. Os resultados saíram abaixo das previsões dos analistas, tendo sido penalizados pelas perdas com a posição no BCP e os custos com reformas antecipadas.
Os analistas contactados pela Lusa apontavam para que o BPI tivesse registado lucros de 187,8 milhões de euros. As estimativas oscilaram entre 159 e 207 milhões de euros, pelo que o registado pelo banco ficou abaixo até da previsão mais pessimista.
Em comunicado, o banco explica que a queda nos lucros reflecte o impacto negativo de 184,4 milhões de euros da participação financeira no BCP e de custos de 27,7 milhões de euros com reformas antecipadas.
Com efeito positivo nas contas estiveram as mais-valias de 130,6 milhões de euros realizadas na venda de 49,9% do capital do BFA, aos angolanos da Unitel.
Excluindo todos estes efeitos extraordinários, os lucros do BPI totalizaram 231,9 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 34,7% relativamente a 2007.
No final do ano passado o banco aprovou um programa de 200 reformas antecipadas a realizar até final de Março de 2009, o que representa um custo de que foi “integralmente reflectido nos resultados de 2008”, apesar de o impacto no quadro de pessoal e correspondente redução de custos “só se reflectir em 2009”, diz o BPI que estima que este programa permita atingir uma poupança anual em custos com pessoal de cerca de 10 milhões de euros.
Em conferência de imprensa, o líder do BPI afirmou que “considerando o coeficiente de dificuldade, os resultados de 2008 foram melhores que os de 2007”, ano em que o banco obteve o lucro mais alto de sempre.
Desde a eclosão da crise financeira internacional, a partir do segundo semestre de 2007, a gestão do banco manteve-se focada em quatro claras prioridades: reforço da capitalização do banco, manutenção de uma posição de liquidez confortável, defesa da qualidade dos activos e preservação da relação com os seus Clientes”, refere o banco em comunicado, acrescentando que os resultados mostram que o banco apresenta uma “sólida situação financeira”.
No final do ano passado, o rácio de capital era de 11,3%, o Tier I de 8,8% e o core capital de 8,0%.
Custos aumentam
O produto bancário consolidado diminuiu 2,8% em relação a 2007, sendo a queda mais acentuada (-9,5%) excluindo as menos-valias com o BCP e os ganhos com o BFA.
Já os custos de estrutura consolidados, excluindo custos com reformas antecipadas, aumentaram 1,2% (6,8% no total), uma evolução que o banco explica com “a expansão das redes de distribuição em Portugal e em Angola”. Em Portugal, a rede de distribuição aumentou em 52 unidades (7%) no ano passado e em Angola subiu 18%.
O rácio “custos de estrutura (excluindo os custos com o programa de reformas antecipadas) em percentagem do produto bancário” situou-se em 56%, o que represente uma deterioração face a 2007, quando o rácio de eficiência tinha atingido 54%. Excluindo o impacto dos itens extraordinários o rácio de eficiência foi de 60%.
Os recursos de clientes no balanço cresceram 14% na actividade doméstica e 97% na actividade internacional, enquanto a carteira de crédito registou um crescimento de 6,2% relativamente a Dezembro de 2007.
As imparidades de crédito contabilizadas 2008, que tomam em consideração a perda de crédito estimada, foram de 117,3 milhões de euros e representaram 0,41% da carteira média de crédito produtivo.
O BPI assinala que angariou 165 mil novos clientes no ano passado em Portugal e 148 mil novos clientes em Angola.
Os analistas contactados pela Lusa apontavam para que o BPI tivesse registado lucros de 187,8 milhões de euros. As estimativas oscilaram entre 159 e 207 milhões de euros, pelo que o registado pelo banco ficou abaixo até da previsão mais pessimista.
Com efeito positivo nas contas estiveram as mais-valias de 130,6 milhões de euros realizadas na venda de 49,9% do capital do BFA, aos angolanos da Unitel.
Excluindo todos estes efeitos extraordinários, os lucros do BPI totalizaram 231,9 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 34,7% relativamente a 2007.
No final do ano passado o banco aprovou um programa de 200 reformas antecipadas a realizar até final de Março de 2009, o que representa um custo de que foi “integralmente reflectido nos resultados de 2008”, apesar de o impacto no quadro de pessoal e correspondente redução de custos “só se reflectir em 2009”, diz o BPI que estima que este programa permita atingir uma poupança anual em custos com pessoal de cerca de 10 milhões de euros.
Em conferência de imprensa, o líder do BPI afirmou que “considerando o coeficiente de dificuldade, os resultados de 2008 foram melhores que os de 2007”, ano em que o banco obteve o lucro mais alto de sempre.
Desde a eclosão da crise financeira internacional, a partir do segundo semestre de 2007, a gestão do banco manteve-se focada em quatro claras prioridades: reforço da capitalização do banco, manutenção de uma posição de liquidez confortável, defesa da qualidade dos activos e preservação da relação com os seus Clientes”, refere o banco em comunicado, acrescentando que os resultados mostram que o banco apresenta uma “sólida situação financeira”.
No final do ano passado, o rácio de capital era de 11,3%, o Tier I de 8,8% e o core capital de 8,0%.
Custos aumentam
O produto bancário consolidado diminuiu 2,8% em relação a 2007, sendo a queda mais acentuada (-9,5%) excluindo as menos-valias com o BCP e os ganhos com o BFA.
Já os custos de estrutura consolidados, excluindo custos com reformas antecipadas, aumentaram 1,2% (6,8% no total), uma evolução que o banco explica com “a expansão das redes de distribuição em Portugal e em Angola”. Em Portugal, a rede de distribuição aumentou em 52 unidades (7%) no ano passado e em Angola subiu 18%.
O rácio “custos de estrutura (excluindo os custos com o programa de reformas antecipadas) em percentagem do produto bancário” situou-se em 56%, o que represente uma deterioração face a 2007, quando o rácio de eficiência tinha atingido 54%. Excluindo o impacto dos itens extraordinários o rácio de eficiência foi de 60%.
Os recursos de clientes no balanço cresceram 14% na actividade doméstica e 97% na actividade internacional, enquanto a carteira de crédito registou um crescimento de 6,2% relativamente a Dezembro de 2007.
As imparidades de crédito contabilizadas 2008, que tomam em consideração a perda de crédito estimada, foram de 117,3 milhões de euros e representaram 0,41% da carteira média de crédito produtivo.
O BPI assinala que angariou 165 mil novos clientes no ano passado em Portugal e 148 mil novos clientes em Angola.