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Lucros do BPI caem 33,5% para os 50,1 milhões mas superam estimativas

O BPI registou uma quebra de 33,5% dos lucros, no primeiro trimestre do ano para os 50,1 milhões de euros, superando as estimativas dos analistas.

22 de Abril de 2009 às 19:57
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O BPI registou uma quebra de 33,5% dos lucros, no primeiro trimestre do ano para os 50,1 milhões de euros, superando as estimativas dos analistas.

A média dos analistas consultados pela Bloomberg estimava que o BPI registasse uma queda dos resultados para os 37 milhões de euros.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco presidido por Fernando Ulrich explica que o lucro líquido consolidado no primeiro trimestre de 2009 “é 13,6% inferior à média trimestral do lucro de 2008 (58.0, milhões de euros que corresponde a um quarto do lucro anual de 231,9 milhões de euros), excluindo os impactos não recorrentes relativos à alienação da participação no BCP, a reformas antecipadas e à alienação de 49,9% do BFA”.

A venda de 49,9% do Banco Fomento de Angola (BFA) contribuiu para esta quebra, depois de contribuído com mais de 130 milhões de euros para os resultados do BPI em 2008.

Recorde-se que o BPI detinha a totalidade do capital do BFA, tendo entretanto vendido 49,9% à Unitel por 475 milhões de dólares. O acordo estabelecido com o BPI estipulou que a Unitel entregasse 200 milhões de dólares logo que o negócio fosse concluído, o que aconteceu ainda em Dezembro, e que os restantes 275 milhões de dólares fossem pagos, faseadamente, ao longo de oito anos.

A rentabilidade do capital próprio médio ascendeu a 10,3% no período em análise e os rácios de capital foram de 9% (Tier I), de 8.2% (Core Tier I) e o rácio total de 11.4%.

O crédito a clientes aumentou 4,3% (3,1% na actividade doméstica e 39% no BFA) enquanto o produto bancário diminuiu 4,8% para os 43,2 milhões de euros.

“Esta redução é explicada pelas reduções em 47,7 milhões de euros (-82%) dos lucros em operações financeiras e em 9,7 milhões de euros (-14.6%) das comissões”, sublinha a mesma fonte.

A margem financeira, por outro lado, aumentou 2,5% relativamente ao trimestre homólogo “pressionada pelo aumento do custo médio dos recursos e pela desaceleração do crescimento do crédito, efeitos parcialmente compensados pelo gradual ajustamento dos spreads do crédito concedido para reflectir a subida do custo de financiamento do Banco”.

“O BPI mantém uma situação confortável de recursos e liquidez, tendo presente que o forte crescimento dos recursos de Clientes no balanço desde o segundo semestre de 2007 tem financiado totalmente a expansão do crédito, quer na actividade doméstica, quer na actividade internacional; entre Março de 2008 e 2009”, sublinha o banco.

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