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Lucros do BES caem 30,6% mas superam estimativas (act)

Os lucros do Banco Espírito Santo caíram 30,6%, em termos homólogos, para 101,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2009. Este resultado superou os 74,7 milhões esperados pelos analistas consultados pela Reuters.

05 de Maio de 2009 às 17:33
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Os lucros do Banco Espírito Santo caíram 30,6%, em termos homólogos, para 101,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2009, revelou o BES em comunicado à CMVM. Este resultado superou os 74,7 milhões esperados pelos analistas consultados pela Reuters.

Segundo a mesma fonte, os lucros representam uma redução de 30,6% face aos 145,9 milhões de euros obtidos no primeiro trimestre de 2008 e um aumento de 50% quando comparado com o trimestre anterior, sendo equivalente a um ROE anualizado de 9,3%.

“Considerando que a actividade desenvolvida neste trimestre continuou condicionada por um contexto económico e financeiro particularmente adverso, a performance alcançada assume um especial significado, colocando em evidência o acerto da opção estratégica pelo crescimento orgânico, a coerência da estratégia de internacionalização e a solidez do Grupo”, realça o BES.

O produto bancário cresceu 9% para os 525,7 milhões de euros, e o banco destaca a evolução “francamente positiva na geração recorrente” das receitas, com o produto bancário comercial progrediu 18,7% para os 485,6 milhões de euros “sustentado num crescimento expressivo do resultado financeiro (+22,1%), nomeadamente pelo resultado financeiro originado na actividade internacional (+61%)”.

A mesma fonte também revela que os custos operativos tiveram um aumento de 5,5% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior, “estando influenciados, sobretudo, pela progressão dos custos com pessoal (+10,6%) e, em menor grau, pelas amortizações”.

Relativamente ao crédito, o concedido às empresas aumentou 11,2% enquanto o crédito a particulares caiu 0,3%, acrescenta o banco.

Os rácios core Tier 1 e Tier 1 são de 5,8% e de 6,6%, respectivamente. Após o reforço dos capitais próprios do Grupo, os rácios Core Tier I e Tier I atingem 7,8% e 8,6%, respectivamente.

O reforço dos capitais próprios do grupo “permitirá, certamente, continuar a assegurar o apoio indispensável para que as empresas continuem a contar com o BES como seu parceiro financeiro preferencial”, sublinha o BES.

O banco relembra também que, no trimestre operou-se uma redução dos fundos próprios complementares por via de compra de dívida subordinada emitida pelo grupo e que, atendendo às abordagens regulamentares em vigor (Standard em Dezembro de 2008 e IRB em Março de 2009), os rácios de capital Tier I “mantêm – se em níveis semelhantes.

“Considerando o aumento de capital realizado em Abril, a posição de solvabilidade do grupo aparece substancialmente reforçada”, sublinha o banco.



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