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Lucros do Banif caem 41,4% em 2008 (act.)

Os resultados líquidos consolidados da Banif SGPS, holding do Banif Grupo Financeiro, ascenderam a 59,2 milhões de euros em 2008, o que corresponde a uma queda de 41,4% face ao período homólogo do ano anterior, anunciou a entidade financeira em comunicado à CMVM.

09 de Março de 2009 às 17:44
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Os resultados líquidos consolidados da Banif – SGPS, “holding” do Banif – Grupo Financeiro, ascenderam a 59,2 milhões de euros em 2008, o que corresponde a uma queda de 41,4% face ao período homólogo do ano anterior, anunciou a entidade financeira em comunicado à CMVM.

O activo líquido do Banif - Grupo Financeiro totalizava 12.876,6 milhões de euros no final de 2008, registando um crescimento de 19,7% face ao final de 2007.

O crédito bruto concedido a clientes, deduzido de títulos reclassificados em empréstimos concedidos e contas a receber, elevou-se a 10.409,7 milhões de euros, superior em 18,1% ao valor registado em 31 de Dezembro de 2007. No mesmo período, o rácio de imparidade do crédito/crédito total subiu de 2,23% para 2,44%.

Os depósitos de clientes cresceram 20,4% relativamente a 31 de Dezembro de 2007, ascendendo a 6.605,4 milhões de euros, salienta o comunicado.

“A evolução dos recursos de clientes beneficiou do crescimento da rede de pontos de venda do Banif – Grupo Financeiro, que passaram de 423 para 518, entre os finais de 2007 e 2008. O número de agências bancárias em Portugal passou de 270 para 324. No exercício de 2008, o Banif - Grupo Financeiro abriu 54 agências em Portugal, 10 em Cabo Verde, 4 em Malta e 4 no Brasil, acrescenta o documento, que sublinha também o “forte crescimento do número de clientes bancários do grupo”.

Em termos de áreas de negócio do grupo, a banca comercial caiu 24%, a banca de investimento perdeu 76,3% e os seguros cederam 76,3%.

O produto da actividade do Banif - Grupo Financeiro atingiu 470,0 milhões de euros no final do exercício de 2008, registando uma subida de 5,9% em relação ao ano anterior. O comunicado destaca a margem financeira (que inclui o rendimento de títulos), que aumentou 12,5% para 272,2 milhões de euros.

“Esta rubrica beneficiou do forte crescimento da actividade creditícia, mas viria a ser afectada negativamente pela redução da margem de intermediação total (margem da carteira de crédito adicionada da margem da carteira de recursos de clientes de balanço) que desceu continuamente ao longo do ano de 2,91% em Dezembro de 2007 para 2,63% em Dezembro de 2008”.

Os rendimentos de serviços e comissões aumentaram 8,5%, para 102,8 milhões de euros. Outros proveitos (líquidos) diminuíram 28,1%, para 27,9 milhões de euros.

Por seu lado, os lucros em operações financeiras diminuíram 1,7%, fixando-se em 67,1 milhões de euros, beneficiando da realização de mais-valias na alienação de participações financeiras no Brasil, mas afectados negativamente por perdas associadas à actualização a valores de mercado das carteiras de investimento e negociação do grupo Banif.

O grupo relembra que em 2008 se desenvolveram “todos os trabalhos conducentes à fusão por incorporação do Banco Banif e Comercial dos Açores no Banif- Banco Internacional do Funchal, a qual teve os seus efeitos a 1 de Janeiro de 2009”.

No início de 2008, foi acordada a aquisição de 25% do Banif Banco de Investimento(Brasil), pelo valor de 35,5 milhões de euros, passando o Grupo a deter a totalidade do seu capital social.

Em Novembro de 2008, o Grupo reforçou a sua participação em 5,7% no Banco Caboverdiano de Negócios, passando a deter 51,7% do seu capital social.

Entretanto, os capitais próprios do Banif – Grupo Financeiro (deduzidos de interesses minoritários) registaram uma diminuição de 5,2%, essencialmente devido ao aumento de capital social da Banif – SGPSde 100 milhões de euros (operação realizada durante o mês de Junho de 2008, que permitiu um encaixe líquido do mesmo montante e que está contabilizada nas variações positivas) e devido ao resultado do exercício de 2007 distribuído, no montante de 37,5 milhões de euros, bem como à variação cambial de -42,3 milhões de euros, “decorrente na sua quase totalidade da depreciação do real brasileiro, que afectou negativamente o valor dos capitais próprios das subsidiárias do grupo com sede no Brasil”, refere o comunicado.

A diminuição das reservas de reavaliação dos títulos classificados na rubrica do balanço “activos financeiros disponíveis para venda” no montante de -102,8 milhões de euros, nomeadamente em resultado da desvalorização e venda de participações financeiras no Brasil (-69,8 milhões de euros), da desvalorização da carteira de títulos da Companhia de Seguros Açoreana (-11,8 milhões de euros) e da desvalorização da participação no Finibanco Holdings SGPS (-18,6 milhões de euros), também contribuiu para a diminuição dos capitais próprios, que se elevaram a 583,4 milhões de euros no final do exercício de 2008 (contra 615,1 milhões no final de 2007).

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