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Lucros da Mota-Engil caem 84,5% para 14,2 milhões de euros

Os lucros da Mota-Engil caíram 84,5% para os 14,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, informou a empresa em comunicado à CMVM, sublinhando que, excluindo os efeitos relativos às perdas por imparidade nas acções detidas pela Martifer na EDP o resultado líquido teria sido de 24,8 milhões de euros.

12 de Novembro de 2008 às 08:11
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Os lucros da Mota-Engil caíram 84,5% para os 14,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, informou a empresa em comunicado à CMVM, sublinhando que, excluindo os efeitos relativos às perdas por imparidade nas acções detidas pela Martifer na EDP o resultado líquido teria sido de 24,8 milhões de euros.

O lucro, excluindo as imparidades registada pela Martifer na EDP, ficou em linha com o esperado pelos analistas que estimavam que a Mota-Engil tivesse terminado os primeiros nove meses do ano com resultados líquidos entre os 21 e os 24 milhões de euros.

Os lucros dos primeiros nove meses do ano passado foram impulsionadas pelo ganho não recorrente com o IPO da Martifer.

Segundo a mesma fonte, o EBITDA cresceu 13,9% para os 208,248 milhões de euros, contra 182,8 milhões de euros do período homólogo enquanto o volume de negócios subiu 39% para os 1,361 mil milhões de euros.

A empresa sublinha que, tal como no primeiro semestre, “todas as áreas registaram um forte crescimento, com destaque para a área de Engenharia e Construção que cresceu 47% face aos primeiros nove meses de 2007”.

A área de Ambiente e Serviços viu o seu volume de negócios crescer 19%, “em parte devido à inclusão de novas sociedades e negócios”. Por fim, a área de Concessões de transportes teve um crescimento de 7%, “apesar da forte pressão para a redução do tráfego induzida pela conjuntura macro-económica desfavorável e pelo aumento dos preços dos combustíveis”, explica a empresa.

O EBITDA ascendeu a cerca de 208,2 milhões de euros (2007: 182,8 milhões de euros) e tendo a margem EBITDA decrescido para 15,3 % (2007: 18,7%). “Esta redução na margem esteve ligada ao aumento do peso relativo da Engenharia e Construção no volume de negócios a par de uma redução da respectiva margem”, explica a Mota.

A carteira de encomendas em Setembro ascendia a cerca de 2.200 milhões de euros, registando um aumento face a Dezembro de 2007 de cerca de 310 milhões de euros. “Apesar do forte crescimento do volume de negócios, é nossa expectativa que a carteira de encomendas deverá manter a evolução positiva registada nos trimestres recentes, fruto da forte procura em alguns dos mercados em que o Grupo se encontra a operar e nos quais aposta agora numa estratégia de diversificação que replica, na medida do possível, o modelo prosseguido em Portugal”, adianta a empresa liderada por Jorge Coelho.

Os ganhos relativos a empresas consolidadas pelo método da equivalência patrimonial foram de 7,2 milhões de euros face a 14,1 milhões de euros em 2007, fruto da redução dos resultados do Grupo Martifer (que em 2007 continham um resultado extraordinário), explica a Mota-Engil.

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