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Lucros da Galp caem 25% mas superam estimativas (act.)

A Galp Energia registou uma quebra de 25,1% nos lucros do primeiro semestre, uma redução que foi melhor do que a esperada pelos analistas. As receitas da petrolífera cresceram 28% superando os 7,5 mil milhões de euros.

06 de Agosto de 2008 às 18:57
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A Galp Energia registou uma quebra de 25,1% nos lucros do primeiro semestre, uma redução que foi melhor do que a esperada pelos analistas. As receitas da petrolífera cresceram 28% superando os 7,5 mil milhões de euros.

O resultado líquido da Galp ajustado a efeitos de stock foi de 214 milhões de euros, menos 25,1% do que em igual período do ano passado. Excluindo este efeito os resultados da Galp seriam de 524 milhões de euros, de acordo com um comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa liderada por Ferreira de Oliveira superou as estimativas dos analistas que previam que a petrolífera registasse lucros de 204,2 milhões de euros no primeiro semestre.

A Galp explica que, anulando os efeitos do ajuste, o aumento dos lucros da Galp esteve relacionado com “a valorização de inventários”, que foi “mais de duas vezes superior ao valor verificado em 2007, em resultado da subida acentuada do preço do crude e dos produtos petrolíferos nos mercados internacionais”. Contudo, “esta valorização não tem impacto relevante no ‘cash flow’ da Empresa, uma vez que a Galp Energia opera com stocks praticamente constantes, correspondentes às suas obrigações de reservas estratégicas nacionais”, adianta a empresa.

O EBITDA da Galp caiu 10,2% para os 449 milhões de euros, em termos ajustados e o EBIT recuou 16,5% para os 316 milhões de euros.

As receitas da Galp aumentaram em 28,1% para os 7,5 mil milhões de euros, um acréscimo “transversal a todos os segmentos de negócio, dada a subida dos preços do crude, dos produtos petrolíferos e do gás natural nos mercados internacionais”.

A área de exploração e produção verificou um aumento de 65,8% nas receitas para os 155 milhões de euros. Mas continua a ser o segmento de refinação e distribuição a representar a maior fatia dos proveitos da empresa (6,6 mil milhões de euros). A área de gás e energia cresceu 37,6% para os 916 milhões de euros.

Margem de refinação desce mais de 45%

A margem de refinação da Galp desceu 46,1% para os 3,5 dólares por barril. Esta evolução é ainda mais acentuada se analisada em euros, com a margem a ser reduzida em 53,2% para 2,3 euros por barril.

“A margem de refinação foi também penalizada pelos consumos e quebras, que representam cerca de 8,4% da matéria-prima tratada, em linha com o verificado no primeiro semestre de 2007, mas em valor, ou seja, em termos de custos de energia, superior dado o elevado aumento do preço do crude entre os dois períodos em análise, cerca de 72,5%”, revela a empresa no mesmo comunicado.

As vendas de produtos refinados estabilizaram nos oito milhões de toneladas enquanto as vendas a clientes directos diminuíram em 0,5% para os 4,6 milhões de toneladas.

Nos primeiros seis meses do ano, a Galp fechou 17 estações de serviço mas abriu 18 lojas de conveniência.

As acções da Galp encerraram estáveis na sessão de hoje a negociar nos 11 euros.

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