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Lucros da Brisa recuam 21,4% mas superam previsões

A Brisa anunciou hoje que os resultados líquidos do primeiro trimestre desceram 21,4%, para 19,5 milhões de euros, um valor que se situou acima das estimativas. As receitas baixaram 4,3%, mas o EBITDA ficou estável.

29 de Abril de 2009 às 17:14
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A Brisa anunciou hoje que os resultados líquidos do primeiro trimestre desceram 21,4%, para 19,5 milhões de euros, um valor que se situou acima das estimativas. As receitas baixaram 4,3%, mas o EBITDA ficou estável.

Em comunicado a concessionária de auto-estradas refere que os lucros do primeiro trimestre desceram de 24,8 para 19,5 milhões de euros, o que representa uma queda de 21,4%.

Apesar da queda, os resultados ficaram acima das estimativas dos analistas consultados pela Reuters, que estimavam lucros de 16,7 milhões de euros.


A empresa explica a queda nos lucros sobretudo com o impacto das “novas concessões, as quais não estão ainda numa fase madura, originando um maior impacto nas amortizações, custos financeiros e interesses minoritários”.


As receitas da empresa liderada por Vasco de Mello desceram 4,3% para 146,2 milhões de euros, enquanto o EBITDA ficou estável em 102,4 milhões de euros. Ambos os indicadores também saíram acima do esperado, pois os analistas previam receitas de 144,9 milhões de euros e um EBITDA de 98,4 milhões de euros. A margem EBITDA subiu 2,9 pontos percentuais para 70%.

A Brisa foi também penalizada pela forte travagem da economia portuguesa, o que levou os portugueses a utilizarem menos a rede de auto-estradas da empresa. Em consequência, as receitas de portagens da Brisa desceram 5,4% para 128,9 milhões de euros, o que explica a queda nas receitas totais.

O EBITDA ficou estável devido sobretudo à redução dos custos operacionais, que baixaram 3,8% para 95 milhões de euros.

A empresa explica a redução de juros com “a implementação do programa de

controlo de custos operacionais anunciado e iniciado no início do segundo semestre de 2008. Para esta performance, contribuiu a renegociação de contratos, o decréscimo de custos imputados ao desenvolvimento de novos negócios e as sinergias de grupo”.

Os resultados financeiros pioraram 4%, para 28,4 milhões de euros. Apesar da dívida ter aumentado em 191 milhões de euros, a empresa beneficiou com o decréscimo do volume de juros pagos por via da descida das taxas de juro.

Nos primeiros três meses do ano a Brisa efectuou investimentos de 21,8 milhões de euros, uma queda homóloga de 87,3%.

As acções da Brisa subiram 3,29% para 5,03 euros.



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