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Lucro da Impresa cai 98,4% nos primeiros nove meses de 2008

O grupo Impresa apresentou um resultado líquido de 137 mil euros entre Janeiro e Setembro de 2008. O resultado hoje divulgado pela "holding" proprietária da SIC, do "Expresso" e da "Visão" representa uma quebra de 98,4% face ao lucro de 8,7 milhões de euros apresentado no período homólogo.

27 de Outubro de 2008 às 17:04
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O grupo Impresa apresentou um resultado líquido de 137 mil euros entre Janeiro e Setembro de 2008. O resultado hoje divulgado pela "holding" proprietária da SIC, do "Expresso" e da "Visão" representa uma quebra de 98,4% face ao lucro de 8,7 milhões de euros apresentado no período homólogo.


Apesar de as receitas totais do grupo de Francisco Pinto Balsemão terem registado um ganho homólogo de 0,9% para 202,4 milhões de euros, o resultado dos primeiros nove meses do ano acabou por ser afectado pelo aumento de 3,6% nos custos operacionais da “holding”: um crescimento de mais de seis milhões de euros face ao período homólogo, para 178,7 milhões. Na análise aos diversos segmentos em que a Impresa actua, o relatório da “holding” indica que as receitas geradas pelo universo de televisão da Impresa caíram 1,5%, para 130 milhões de euros. Um comportamento justificado pelos recuos de 2,2% nas receitas publicitárias, de 6,3% nos proveitos da área multimédia, de 9% na produção audiovisual e de 44,2% nas receitas de merchandising. A única fonte de proveitos que se apresentou em alta no universo SIC entre Janeiro e Setembro de 2008 foi a subscrição de canais, que aumentou as receitas em 13,4%, para 27,3 milhões.

Esta conjugação de resultados, aliada a um acrécimo de cerca de 3 milhões de euros nos custos operacionais da área televisiva, gerou um recuo de 42,6% no resultado líquido antes de impostos nesta área de actividade, para 10,7 milhões.

Na área de publishing – que agrega agora a edição de jornais e revistas, após a compra da participação de 50% que a Impresa não detinha na Edimpresa – o grupo de Balsemão apresenta um ganho de 1,9% nas receitas operacionais, que se situam agora nos 68,8 milhões de euros. Uma evolução assente nos crescimentos de 2,5% nas receitas publicitárias e de 12,1% nos proveitos de circulação, que compensaram as quebras de 16,1% e de 40,9% nas receitas da venda de produtos e nas outras receitas, respectivamente. O resultado líquido antes de impostos neste segmento cresceu 4,3% para 6,5 milhões de euros.

No segmento digital, as receitas operacionais cresceram 131,9%, para 5,6 milhões de euros, uma evolução impulsionada pelo ganho de 96,3% nas receitas de publicidade e pelo acréscimo de 295,9% nas outras receitas. Estas evoluções foram, no entanto, anuladas pelo crescimento de 92% nos custos operacionais desta unidade de negócio, que evoluiu dos 3,9 para os 7,4 milhões de euros. O resultado líquido antes de impostos da área digital caiu assim 101,6%, para 3,4 milhões de euros negativos.

O EBITDA da Impresa entre Janeiro e Setembro deste ano caiu 15,8% e situa-se agora nos 23,7 milhões de euros. A dívida líquida cresceu 20,5%, para 236,5 milhões, em grande parte devido à aquisição da participação de 50% na Edimpresa.



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