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La Caixa vende Saba ou compra o que lhe falta

Os fundos accionistas da Saba, gestora espanhola de parques de estacionamento, querem vender os 49% que detêm na empresa. A La Caixa, com 50,1%, terá de vender a sua participação ou ficar com 100%.

10 de Novembro de 2017 às 17:45
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A espanhola Saba, que gere 195.000 lugares de estacionamento em Portugal, Espanha, Chile e Itália, é a mais recente personagem do frenesim que se vive no mercado europeu dos estacionamentos – depois de a Empark ter sido vendida este ano ao fundo autraliano Macquarie. 

 

Isto porque os fundos minoritários Torreal, KKR e ProA, que detêm 48,7% da empresa, querem vender a sua parte. E, atendendo à cláusula "drag along", ou a La Caixa – que tem 50,1% - os acompanha e vende também, ou compra a parte dos minoritários e fica com 100%. Os restantes 1,2% estão nas mãos de accionistas como o presidente da Saba e da Abertis, Salvador Alemany.

 

A informação foi avançada pelo Expansión e pela Economia Digital, com esta última a sublinhar que a opção a escolher pela La Caixa – que é accionista do CaixaBank, por sua vez o accionista maioritário do BPI – vai depender do preço.

 

A cláusula "drag along" determina que o investidor poderá "gozar da faculdade de, em caso de venda da sua participação na sociedade alvo, obrigar os demais accionistas a acompanhar o negócio da venda nos exactos termos e condições acordados com o investidor", explica a sociedade de advogados Cuatrecasas.

 

Fontes financeiras disseram ao jornal espanhol que a KKR (com 18,2%), Torreal (20%) e ProA (10,5%), ao contrário de processos anteriores em que esteve em cima da mesa a vendas das suas acções, desta vez está decidida a que as conversações com os investidores versem sobre a venda de 100% - já que, pelo acordo de accionistas que entra em vigor em 2018 [o "drag alone" pode ser accionado a partir de Maio], podem obrigar a La Caixa a vender a sua participação maioritária (detida através da Criteria). Mas existe uma alternativa: a La Caixa ficar com tudo.

 

Em tentativas anteriores dos fundos para a venda destes quase 49% os processos não seguiram em frente, já que o comprador teria de renundiar ao controlo da Saba – que se manteria nas mãos da Criteria.

 

Segundo as primeiras estimativas, a avaliação da Saba poderá rondar os 1.150 milhões de euros, refere o Expansión.

 

A Saba gere 195.000 lugares de estacionamento entre Portugal, Espanha, Chile e Itália e dá emprego a 1.400 pessoas, acrescenta a mesma publicação.

 

Diz a Economia Digital que a La Caixa poderá não querer abrir mão da líder dos parques de estacionamento em Espanha. Mas, se tal não for o caso, fundos como o Arcus são potenciais compradores, sublinha o Expansión.

(notícia actualizada às 18:26)

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