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Jerónimo Martins quase triplica prejuízos devido a extraordinários (act)

A Jerónimo Martins quase triplicou os seus prejuízos nos primeiros nove meses do ano, devido a perdas extraordinárias que constituíram cerca de 91% do total das perdas registadas, revelou em comunicado a segunda maior distribuidora nacional.

29 de Outubro de 2002 às 17:41
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A Jerónimo Martins quase triplicou os seus prejuízos nos primeiros nove meses do ano, devido a perdas extraordinárias que constituíram cerca de 91% do total das perdas registadas, revelou em comunicado a segunda maior distribuidora nacional.

Os prejuízos alcançaram os 191 milhões de euros, a que corresponde um aumento de 196,9% face aos primeiros nove meses de 2001.

O volume de negócios ascendeu aos 2,92 mil milhões de euros, o que traduz uma quebra de 5,7% face ao registado em termos absolutos no mesmo período do ano passado, mas um aumento de 1,2% em base comparável, que exclui activos entretanto alienados, como a Sé e o negócio das águas, a VMPS.

As perdas extraordinárias ascenderam aos 174 milhões de euros, ou cerca de 91% dos prejuízos e incluem «a menos valia com a venda da Sé, no valor de 80 milhões de euros, e a reclassificação do valor anteriormente relevado, nos capitais próprios, na rubrica de reservas para diferenças cambiais relativas a este negócio no Brasil», esclarece a empresa liderada por Soares dos Santos.

Nas perdas extraordinárias inscrevem-se ainda a provisão para os investimentos na cadeia de hipermercados Jumbo, alienada em Agosto, e na JM&M, «negócio que o grupo ainda mantém no Brasil, em parceria com o Grupo Martins, e que, entretanto, se decidiu alienar», segundo a mesma fonte.

Se excluídos resultados extraordinários, os prejuízos atribuíveis à Jerónimo Martins teriam sido de 17 milhões de euros.

As sucessivas vendas de activos não directamente afectos à distribuição têm como objectivo a redução da dívida, que se encontrava acima dos 1,3 mil milhões de euros no princípio do ano.

«O grupo continuará a dar prioridade à redução do nível de endividamento consolidado, canalizando todo o cash flow disponível para a amortização da dívida financeira, que, no final de Setembro, registava um valor inferior a 900 milhões de euros.

A detentora das cadeias de supermercados Pingo Doce e hipermercados Feira Nova previa, no início do ano, terminar o ano com uma dívida total abaixo dos mil milhões de euros.

Esta redução permitiu que as perdas financeiras, que incluem os encargos com a dívida, recuassem em 53,5% para os 46,21 milhões de euros.

As acções da JM fecharam nos 5,40 euros, a cair 0,37%.

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