Notícia
Isabel Alçada: Parque Escolar ficou mais barato que programas idênticos noutros países
A comissão parlamentar ouviu hoje outra ex-ministra da Educação. Isabel Alçada diz que não houve excessos nos materiais utilizados na reabilitação das escolas pela Parque Escolar. Tratou-se, diz, de utilizar materiais nobres em restauro de espaços onde já existiam.
11 de Abril de 2012 às 13:35
A ex-ministra da Educação Isabel Alçada defendeu hoje no Parlamento que a intervenção da Parque Escolar ficou mais barata do que programas idênticos realizados em países como França e Inglaterra e negou excessos.
"O custo da construção para as 205 escolas foi, em média, 815 euros por metro quadrado e isto compara bem com o custo de outros países; em média, 1.800 euros por metro quadrado em França e 2.500 euros em Inglaterra, em programas idênticos", disse Isabel Alçada, na Comissão de Educação, quando questionada sobre os elevados custos do programa.
A ex-ministra justificou ainda a criação da empresa com a necessidade de uma intervenção urgente e abrangente nas escolas, nomeadamente do ensino secundário, dizendo mesmo que a população escolar estava em risco. "É preciso lembrar o estado de degradação em que as escolas se encontravam e a influência que isso tem nos resultados escolares", afirmou.
Para Isabel Alçada, não há excessos, apenas materiais nobres usados em restauro de espaços onde já existiam e por razões que "nada têm a ver com luxos".
Pelo PS, a deputada Gabriela Canavilhas defendeu a existência de candeeiros de Siza Vieira em espaço escolar por se tratar de "um grande artista", acusando a maioria parlamentar de querer "nivelar por baixo".
Isto depois de o deputado do PSD Emídio Guerreiro ter lembrado que são os cidadãos de um país que vive da ajuda externa a "pagar a festa que foi a Parque Escolar", usando uma expressão proferida na anterior audição pela ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues.
O PCP e o Bloco de Esquerda demarcaram-se das posições do PSD e do CDS-PP, que acusaram de aproveitar "os erros" da Parque Escolar para "diabolizar o investimento público".
"Há responsabilidades para apurar, mas não nos colocamos nesta querela partidária para parar o investimento", disse o comunista Miguel Tiago, criticando a forma como foi conduzido o processo pelos anteriores governos socialistas: "Os relatórios (das auditorias) têm conclusões claríssimas, com o triplo do planificado para o investimento fez-se apenas 64%".
Também Ana Drago (BE) alegou: "Sempre entendemos que o investimento era absolutamente fundamental, temos profundas discordâncias em relação ao modelo que foi escolhido".
O PSD insistiu que fica por explicar uma diferença de 180 milhões de euros entre o investimento apresentado pela Parque Escolar em 2011, para 106 escolas, e o valor apurado no relatório da Inspecção Geral das Finanças.
Michael Seufert, do CDS-PP, defendeu que não está em causa o primado da obra, mas sublinhou que a degradação em que se encontravam as escolas não pode servir "para não cumprir normas legais".
"O custo da construção para as 205 escolas foi, em média, 815 euros por metro quadrado e isto compara bem com o custo de outros países; em média, 1.800 euros por metro quadrado em França e 2.500 euros em Inglaterra, em programas idênticos", disse Isabel Alçada, na Comissão de Educação, quando questionada sobre os elevados custos do programa.
Para Isabel Alçada, não há excessos, apenas materiais nobres usados em restauro de espaços onde já existiam e por razões que "nada têm a ver com luxos".
Pelo PS, a deputada Gabriela Canavilhas defendeu a existência de candeeiros de Siza Vieira em espaço escolar por se tratar de "um grande artista", acusando a maioria parlamentar de querer "nivelar por baixo".
Isto depois de o deputado do PSD Emídio Guerreiro ter lembrado que são os cidadãos de um país que vive da ajuda externa a "pagar a festa que foi a Parque Escolar", usando uma expressão proferida na anterior audição pela ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues.
O PCP e o Bloco de Esquerda demarcaram-se das posições do PSD e do CDS-PP, que acusaram de aproveitar "os erros" da Parque Escolar para "diabolizar o investimento público".
"Há responsabilidades para apurar, mas não nos colocamos nesta querela partidária para parar o investimento", disse o comunista Miguel Tiago, criticando a forma como foi conduzido o processo pelos anteriores governos socialistas: "Os relatórios (das auditorias) têm conclusões claríssimas, com o triplo do planificado para o investimento fez-se apenas 64%".
Também Ana Drago (BE) alegou: "Sempre entendemos que o investimento era absolutamente fundamental, temos profundas discordâncias em relação ao modelo que foi escolhido".
O PSD insistiu que fica por explicar uma diferença de 180 milhões de euros entre o investimento apresentado pela Parque Escolar em 2011, para 106 escolas, e o valor apurado no relatório da Inspecção Geral das Finanças.
Michael Seufert, do CDS-PP, defendeu que não está em causa o primado da obra, mas sublinhou que a degradação em que se encontravam as escolas não pode servir "para não cumprir normas legais".