O prazo para a privatização da Rede Eléctrica Nacional (REN)/Transgás mantém-se para 2004, tendo o ministro de Economia, Carlos Tavares especificado que a mesma deverá ocorrer na segunda metade do ano.

Para concretizar a nova empresa de transporte de energia, terá ainda que proceder-se ao destaque dos activos da Transgás do seio da Galp Energia, que o ministro acredita que acontença «na primeira parte do ano», para que, na segunda metade, ocorra a privatização.

O modelo de venda de parte do capital daquela nova entidade ainda não está definido, sendo que Tavares admitiu que seja colocada através de oferta pública de venda e dispersão do seu capital em Bolsa.

Esta forma poderá ser a escolhida visto que a empresa poderá ser apelativa para investidores que queiram apostar em títulos com negócio sustentável.

O ministro quer manter o calendário de destacar os activos de gás natural da Galp Energia para o seio da Electricidade de Portugal, mas lembra a «prudência necessária» para concluir com êxito este dossier.

«É desejável que a configuração empresarial se processe no calendário que referiu (final do ano)», disse Carlos Tavares, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro de Economia espanhol, Rodrigo Rato.

Mas, Tavares, adiantou que essa intenção, «não poderá sobrepor-se à prudência necessária que evolve muitas decisões».

A assembleia geral da Galp Energia para definir o modelo de destaque dos activos de gás natural para a EDP e, em particular, o posicionamento da accionista italiana ENI que detém 33,34% está marcada para 24 de Outubro, depois de vários adiamentos.

Para este ano, o ministro assegura a compra pela REN de 18,3% do capital da Galp Energia.