As receitas da Portugal Telecom devem crescer 0,3%, no último trimestre de 2004, e o EBITDA deverá cair 3%, no mesmo período, segundo as estimativas da Goldman Sachs para os resultados da PT, no quarto trimestre do ano passado, que serão apresentados no próximo dia 3 de Março.

A Goldman Sachs estima que as receitas da operadora de telecomunicações portuguesa cresçam para os 1,539 mil milhões de euros no quarto trimestre de 2004, o que representa uma subida de 0,3% face aos números mostrados nos últimos três meses de 2003, revela a instituição num estudo datado de 16 de Fevereiro.

A casa de investimento internacional estima uma queda homóloga de 3% para o EBITDA (ganhos antes de juros, impostos, depreciações/amortizações) que se ficará pelos 556 milhões de euros. Na opinião dos especialistas, a descida nesta rubrica está relacionada com a alteração das comissões de gestão praticadas no Brasil, que terá tido um impacto de cerca de 15 milhões de euros.

Os lucros deverão ascender a 44 milhões de euros, tendo sido afectados pelos 113 milhões de euros de custos extraordinários relacionados com a redução da força de trabalho e outros aspectos não especificados pelo banco de investimento. Os gastos de investimento (capex) a apresentar pela PT deverão ser de 304 milhões de euros.

Os analistas da Goldman Sachs consideram que o mercado se vai concentrar nas margens do quarto trimestre da Vivo, onde esperam a apresentação de um crescimento de 28% da margem EBITDA, caindo dos anteriores 32% (analisados em euros). Além disso, o mercado deverá concentrar-se também nos comentários que poderão ser feitos pela equipa de gestão da PT quanto à actual negociação no Brasil e às perspectivas para o resto do ano.

A Goldman Sachs estima uma recuperação paulatina das margens ao longo do primeiro trimestre, mas consideram que a PT vai mostrar-se cautelosa quanto ao "outlook" para o resto do ano.

A Portugal Telecom recebe da Goldman Sachs uma recomendação de «in-line», com um «Outlook» atractivo. As acções da operadora seguiam a cair 0,64% para os 9,38 euros, com mais de 1,5 milhões de acções negociadas.