Foi ao lado de Casillas, Puyol e Xabi Alonso que o presidente da Associação de Futebolistas de Espanha (AFE), Luis Rubiales, anunciou a convocação de uma greve para as duas primeiras jornadas da Liga espanhola 2011/12. O motivo é a ausência de um acordo sobre o novo contrato colectivo de trabalho.

"Os jogadores uniram-se para dizer basta. Tomámos a decisão de forma unânime e responsável. O campeonato não terá início até que se assine um novo acordo colectivo de trabalho", disse Rubiales.

A Liga de Futebol Profissional (LFP) "não entende" o apelo à greve e pede à Associação de Futebolistas de Espanha para se chegar a "um acordo satisfatório para ambas as partes".

Em comunicado publicado no seu sítio, a LFP refere que a paralisação foi marcada "numa altura em que se estavam a dar passos fundamentais para o entendimento", pelo que "é incompreensível".

"Após mais de dois meses de negociações para a assinatura de um novo contrato colectivo de trabalho, a Liga tem sempre mantido uma postura de diálogo e respondido às pretensões dos jogadores", refere o comunicado.

Luis Rubiales adiantou que, pelo facto de a greve estar marcada, não quer dizer que as negociações não prossigam, mas recordou que a paralisação pode ser alargada se as parte não chegarem a acordo.

De acordo com o jornal espanhol “As”, Rubiales adiantou ainda que “não se pode pedir mais aos futebolistas”. “Os futebolistas não querem mais dinheiro, querem que se cumpram os contratos, que se vele pelas dívidas passadas, presentes e futuras e que vocês desfrutem do futebol como uma competição sã, em condições de igualdade”, referiu o responsável pela associação.