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França não vai desistir da Alstom
O primeiro- ministro francês, Jean-Pierre Raffarin, afirmou hoje a intenção da França de lutar pela Alstom e advertiu que uma suspensão de pagamentos por parte do grupo industrial fabricante de comboios, barcos e centrais eléctricas, seria um problema «en
O primeiro- ministro francês, Jean-Pierre Raffarin, afirmou hoje a intenção da França de lutar pela Alstom e advertiu que uma suspensão de pagamentos por parte do grupo industrial fabricante de comboios, barcos e centrais eléctricas, seria um problema «enorme» para a Europa.
Raffarin reagiu assim à decisão da Comissão Europeia de mandar a França suspender a sua participação no aumento de capital da Alstom e nos financiamentos do pacote de ajudas ao grupo francês que tem o valor de sete mil milhões de euros.
Bruxelas não quer ver Paris envolvida neste plano, que prevê que o próprio Estado francês passe a ser o maior accionista do grupo com 30% do capital, antes de se pronunciar sobre a conformidade do pacote de ajudas com a lei comunitária.
A reacção em França ao anúncio do comissário da Concorrência, Mário Monti, tem sido negativa em todos os quadrantes políticos.
«O Estado disse claramente que estava disposto a intervir de forma significativa para salvar a Alstom» porque o grupo «não só representa mais de 100.000 empregos em toda a Europa, como também é um pólo industrial muito importante», disse Raffarrin.
A Alstom, mais conhecida por ser a fabricante do comboio de alta velocidade TGV, tem uma fábrica de caldeiras em Portugal, país onde emprega mais de 400 pessoas.