Notícia
Foxconn paga para operários deixarem fábrica de iPhone
A proposta surge após os violentos protestos dos trabalhadores desde quarta-feira de manhã. Em causa está a decisão de confinar os operários nas instalações devido a um ressurgimento de casos de covid-19 na cidade chinesa de Zhengzhou.
A Foxconn está a oferecer 10 mil yuans (cerca de 1.345 euros ao câmbio atual) para que os trabalhadores chineses recentemente contratados para a maior fábrica de iPhone do mundo abandonem as instalações. A informação foi avançada esta quinta-feira pelo site Cailianshe, citado pelo El País.
A proposta surge após os violentos protestos dos trabalhadores desde quarta-feira de manhã. Em causa está a decisão de confinar os operários nas instalações devido a um ressurgimento de casos de covid-19 na cidade chinesa de Zhengzhou.
A Foxconn emitiu um comunicado em que detalha que os trabalhadores recentemente contratados receberão oito mil yuans caso se demitam de imediato e outros dois mil yuans quando embarcarem nos autocarros para abandonar as instalações.
Desde o início da pandemia, a China optou por, sempre que se verifica um surto, confinar os trabalhadores nas fábricas, para limitar os contágios mas também para que a laboração se mantenha.
Os trabalhadores da fábrica que produz o smartphone da Apple queixam-se das más condições e dizem estar a defender os seus direitos laborais, incluindo o salário.
A fábrica da capital da província de Henan tem capacidade para 200 mil trabalhadores e desde meados de outubro que funciona sob confinamento. Milhares de trabalhadores fugiram das instalações em finais de outubro queixando-se das más condições.
Isso obrigou a empresa a contratar novos trabalhadores que agora protestam porque alegam que não estão a receber os salários acordados. A empresa de Taiwan já veio reconhecer a existência de um erro informático no processamento dos salários.