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Endesa vende à EDP participações na Portgás e Setgás

A Endesa vai deixar de estar presente no mercado de gás natural em Portugal, onde detém participações nas distribuidoras Portgás (12,4%) e Setgás (9,7%). No dia em que a Gas Natural lançou uma OPA hostil sobre a Endesa, a EDP chegava a acordo com a Endesa

07 de Setembro de 2005 às 08:10
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A Endesa vai deixar de estar presente no mercado de gás natural em Portugal, onde detém participações nas distribuidoras Portgás (12,4%) e Setgás (9,7%). No dia em que a Gas Natural lançou uma OPA hostil sobre a Endesa, a EDP chegava a acordo com a Endesa Gas para a compra da sua participação nas distribuidoras de gás natural em Portugal.

Essa operação foi feita através da compra dos 49% que a Endesa tinha na NQF Gás e dos suprimentos por um valor referência de 56,5 milhões de euros, anunciou ontem a EDP. Com esta operação, a EDP reforça na distribuidora nortenha de 59,55% para 72% e na distribuidora sadina de 10,11% para 19,8%.

A Portgás mantém na estrutura accionista a GDF e a Elyo, com 25,34%. A Setgás mantém uma participação de 45% da Galp, de 21,9% da Eni e de 13,2% da Koch. Na compra progressiva nas distribuidoras de gás natural, a EDP já investiu nas várias operações mais de 200 milhões de euros.

A Endesa ficará apenas no sector de electricidade. Aliás, foi a primeira eléctrica espanhola a entrar em Portugal, onde já tem uma quota de mercado global de 4,5%. A empresa mista da Sonae e Endesa, a operar desde 2002, facturou no ano passado 150 milhões de euros. A Sodesa tem 1500 pontos de contacto na rede e tinha em 2004 um total de 637 clientes e 2.000 GWh contratados.

O primeiro investimento da Endesa em Portugal foi na produção, através da participação de 35% na Tejo Energia, sociedade gestora da Central do Pego. Esta unidade, com potência de 600 MW, produziu em 2004 4.428 GWh, mais 6% que em 2003. Em 2005, a Tejo Energia obteve pontos de ligação para uma central a gás natural com capacidade para 940 MW.

A Endesa, em conjunto com a EDP, garantiu mais uma ligação com capacidade para 860 MW em Sines, adjudicações entretanto suspensas por este Governo. Nas adjudicações do anterior Governo, a Gas Natural não conseguiu qualquer licença, naquele que seria o primeiro passo em Portugal.

O investimento mais recente da Endesa em Portugal foi a compra da Finerge, empresa de energias renováveis da Sacyr Somague por 166 milhões de euros

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