A EDP conseguiu reduzir em 917 milhões de reais (cerca de 274 milhões de euros) o seu esforço financeiro no projecto hidroeléctrico de Peixe Angical no Brasil.

A eléctrica portuguesa chegou a acordo com a Furnas Centrais Eléctricas (do grupo Electrobrás) para reduzir a sua posição neste projecto, passando de 95% para 59%.

O grupo estatal brasileiro ficou com 40% do empreendimento, enquanto que o parceiro da EDP, o grupo Rede, reduziu de 5% para 1%.

O acordo prevê ainda que o investimento seja financiado em 50% pelo Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES), o que representa 700 milhões de reais (205 milhões de euros). Os outros 50% são financiados por capitais próprios do consórcio que continua a ser liderado pela EDP. A empresa portuguesa já investiu cerca de 202 milhões de reais (71 milhões de euros).

Segundo um comunicado da eléctrica emitido para o mercado português, com esta operação a EDP consegue reduzir em cerca de 917 milhões de reais o esforço de investimento inicialmente comprometido.

A EDP considera que estão agora reunidas as condições para retomar a construção da barragem no rio Tocantins, que terá uma potência instalada de 450 Megawatts (MW) que deverá estar operacional em 2006.

O projecto estava suspenso há cerca de um ano devido ao facto da EDP considerar que não estavam reunidas as condições por si definidas para o seu desenvolvimento, em particular o acesso a financiamento em moeda local a um custo competitivo.

O acordo agora anunciado insere-se na estratégia global da EDP para o mercado brasileiro que tem como objectivo tornar os activos naquele país auto-suficientes.

As acções da EDP [EDP] encerraram hoje a cair 0,99%, para dois euros.