A EDP quer reduzir a sua posição no capital da REN – Rede Eléctrica Nacional dos actuais 30% para 5%, disse o presidente executivo numa apresentação a jornalistas ibéricos.

João Talone já tinha referido a intenção de reduzir a posição na REN, mas agora quantificou o objectivo, de acordo com declarações citadas pela agência Reuters.

O acesso de outros operadores ao capital da REN é uma das condições impostas por Espanha para permitir o levantamento do bloqueio dos direitos de voto na Hidrocantábrico.

Quanto a outra das condições, o fim dos acordos de aquisição de energia (CAE) até Janeiro de 2004, João Talone mostrou também abertura. Embora o processo esteja nas mãos do Governo, o presidente da EDP diz que a maioria dos CAE poderá terminar dentro de um mês e um mês e meio.

O fim dos CAE é essencial para a libertação de energia disponível para transacções no futuro mercado ibérico de electricidade (MIBEL). A EDP insiste contudo que a sua extinção seja neutra para a empresa, salvaguardando o valor justo (“fair value”) dos contratos de médio e longo prazo.

As acções da EDP [EDP] fecharam a subir 0,52%, para 1,95 euros.