A Electricidade de Portugal (EDP), que controla cerca de 20% da espanhola Hidrocantrábico através de uma sociedade com a Cajastur, pretende aumentar a sua posição na eléctrica asturiana, noticiou hoje a edição «online» do «Cinco Dias».

Os accionistas da Hidrocantábrico firmaram um acordo interno que passa pelo aumento da participação da empresa liderada por Francisco Sanchez, a ser apresentado hoje no Ministério da Economia espanhol, para que seja examinado e aprovado pelo Governo, antes de ser apresentado ao público.

A EDP, que juntamente com a Cajastur controla 35% da Hidroeléctrica del Cantábrico, já tinha alcançado um acordo com a germânica EnBW para aumentar a sua participação na eléctrica espanhola para 50%, antes do ministro da economia de Espanha, Rodrigo Rato, ter suspenso os direitos de voto do consórcio da eléctrica portuguesa, assinala o mesmo periódico.

O executivo espanhol suspendeu recentemente os direitos de voto da Ferroatlántica na Hidrocantábrico, bem como os da Adygensival, sociedade que reúne a EDP e a Cajastur, pelo facto de tanto a eléctrica nacional como a EnBW, que apoiou a oferta da Ferroatlántica, serem empresas com capitais públicos.

Segundo a lei espanhola, as empresas públicas que detenham participações superiores a 3% no capital de eléctricas do país vizinho só poderão exercer os direitos de voto correspondentes após aprovação do executivo espanhol em conselho de ministros, uma decisão que deverá ser tomada nos próximos três meses.

Este acordo apresentado ao executivo espanhol pretende ser uma solução para desbloquear a gestão da Hidrocantábrico a médio prazo.

A eléctrica das Astúrias pode enfrentar diversos problemas, tendo em conta que o sector eléctrico espanhol está a ser afectado por questões de interesse estratégico, como o crescimento através da compra de activos ou fixação de preços no mercado.

A EDP abriu a sessão de hoje a cair 0,65% para os 3,07 euros (611 escudos).