A EDP vai analisar a participação das suas distribuidoras eléctricas no Brasil no pacote de ajudas anunciado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social) para reduzir o endividamento das empresas desta actividade.

A EDP vai analisar a participação das suas distribuidoras eléctricas no Brasil no pacote de ajudas anunciado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social) para reduzir o endividamento das empresas desta actividade, disse hoje o presidente da EDP Brasil, António Martins da Costa num encontro com jornalistas em S. Paulo.

O gestor assinalou contudo que as distribuidoras Escelsa, Bandeirante Energia e Enersul, controladas pela EDP Brasil, não têm grandes problemas de endividamento.

«O pacote (para a EDP) não é uma questão de sobrevivência. Mas estudaremos (a adesão)», disse Martins da Costa.

A Escelsa é a empresa com maior endividamento. No entanto, para o grupo, não seria interessante converter em capital a dívida da companhia para com a controladora (85% do débito total da distribuidora), que é uma das exigências feitas pelo BNDES para entrar no plano.

«Não seria interessante, pois a empresa teria excesso de capital», justificou.

O programa do BNDES, que envolve cerca de três mil milhões de reais (937,5 milhões de euros) em recursos do banco, tem como principal objectivo capitalizar as distribuidoras com maior acumulação de dívidas no curto prazo.

Para o presidente da EDP Brasil, o programa do BNDES é positivo porque ajudava a viabilizar a entrada das empresas no novo modelo do Governo para o sector eléctrico.

As acções da EDP encerraram nos 1,93 euros a cair 0,52%.