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EDP atinge lucros recorde (act)

A Energias de Portugal anunciou hoje que obteve lucros de 1,091 mil milhões de euros em 2008, o resultado líquido mais elevado de sempre atingido por uma empresa cotada em Portugal. Os resultados líquidos subiram 28% e superaram as previsões dos analistas.

05 de Março de 2009 às 17:55
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A Energias de Portugal anunciou hoje que obteve lucros de 1,091 mil milhões de euros em 2008, o resultado líquido mais elevado de sempre atingido por uma empresa cotada em Portugal. Os resultados líquidos subiram 28% e superaram as previsões dos analistas.

A EDP, em 2005, atingiu um lucro de 1,071 mil milhões de euros, o que até aqui era o resultado líquido mais elevado de sempre atingido por uma cotada em Portugal.

No ano passado a empresa liderada por António Mexia conseguiu superar este valor, e também superar as previsões do mercado. Analistas contactados pela Lusa aguardavam que a empresa, atingisse lucros de 1,076 mil milhões de euros, com as estimativas a oscilarem entre 1,057 e 1,087 mil milhões de euros.

A impulsionar os lucros esteve o ganho de capital de 482 milhões de euros, sendo que grande parte deste valor (405 milhões de euros) resulta do efeito da diluição da posição da EDP na EDP Renováveis. 49 milhões de euros dizem respeito ao ganho na venda das posições detidas na Turbogás (40%) e Portugen (27%), mais 17 milhões de euros obtidos na venda 1,5% do capital da REN e mais 4,8 milhões de euros resultante da alienação de posição na Edinfor.

Excluindo os efeitos extraordinários o resultado líquido ajustado subiu 7% para 925 milhões de euros.

Em 2008 a empresa atingiu um EBITDA de 3,154 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 20% face a 2007. Os resultados operacionais subiram 23,7% para 1,93 mil milhões de euros, tendo os custos operacionais recuaram 9,5% para 1,74 mil milhões de euros. As receitas avançaram 26,2% para 13,89 mil milhões de euros.

Negócio de energia eólica duplica contributo

A companhia justifica o crescimento dos resultados operacionais com o desempenho do negócio eólico, da distribuição e a “solidez de resultados no negócio de produção e comercialização na Península Ibérica”. Já a penalizar as contas a empresa destaca o montante inferior de activos relacionados com actividades reguladas recuperado em 2008 no Brasil.

Na produção e comercialização na Península Ibérica o EBITDA recuou 1,5%, enquanto na energia eólica o contributo disparou 105% para 224 milhões de euros. Na distribuição de energia na Península Ibérica o EBITDA subiu 69%, tendo registado um aumento de 17% no gás na Península Ibérica. No Brasil o EBITDA caiu 4,1%.

Divida sobe 18,8% e custos com juros disparam 33%

A empresa liderada por António Mexia terminou 2008 com uma dívida líquida de 13,88 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 18,8% face ao valor de 2007. No final de 2008, a EDP registava uma dívida 4,4 vezes superior ao EBITDA.

No ano passado a EDP gastou 721,8 milhões de euros no pagamento de juros, um valor que representa um aumento de 33,8% face ao dispendido em 2007. Esta subida, e as imparidades com o BCP e a Sonaecom, explicam grande parte dos resultados financeiros negativos da EDP, que subiram 72,7% para 942,7 milhões de euros em 2008

No ano passado o investimento da empresa aumentou 78% para 3,6 mil milhões de euros.

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