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Editora Simon & Schuster vendida por 1,62 mil milhões de dólares à empresa KKR

Este negócio acontece meses depois de um juiz federal ter bloqueado a compra da Simon & Schuster por outra grande editora, a Penguin Random House, por 2,18 mil milhões de dólares.

EPA
08 de Agosto de 2023 às 13:53
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A editora norte-americana Simon & Schuster foi vendida por 1,62 mil milhões de dólares à gestora de fundos de investimento KKR, numa transação totalmente em dinheiro, anunciou o seu proprietário, o grupo Paramount Global.

Em comunicado, a gigante de entretenimento, que detinha a editora, fundada em 1924 e com autores de sucesso como Stephen King, Colleen Hoover e Bob Woodward, anunciou na segunda-feira ter assinado um acordo de transação com a KKR.

Este negócio acontece meses depois de um juiz federal ter bloqueado a compra da Simon & Schuster por outra grande editora, a Penguin Random House, por 2,18 mil milhões de dólares, com base na lei da concorrência, devido ao risco de reduzir o mercado do livro.

"Estamos muito satisfeitos por termos chegado a um acordo sobre uma transação que proporciona um excelente valor para os acionistas da Paramount, ao mesmo tempo que posiciona a Simon & Schuster com a KKR para a sua próxima fase de crescimento", disse Bob Kakish, presidente da Paramount, citado no mesmo comunicado.

A Paramount, que na segunda-feira registou um prejuízo de 424 milhões de dólares nos três meses anteriores a 30 de junho, utilizará o produto da venda para pagar a dívida.

O acordo está sujeito à aprovação do governo, mas é pouco provável que enfrente as objeções levantadas pelo acordo com a Penguin Random House.

Jonathan Karp, presidente da Simon & Schuster, referiu, por sua vez, esperar que o apoio da KKR permita colaborar em novas estratégias para aumentar a capacidade da editora de "oferecer aos leitores uma grande variedade de livros e dar aos autores a melhor publicação possível que merecem".

Após o fecho da transação, a Simon & Schuster tornar-se-á uma empresa privada autónoma e continuará a ser liderada por Jonathan Karp, presidente e diretor executivo, e por Dennis Eulau, diretor financeiro e operacional.

Esta garantia foi sublinhada por Richard Sarnoff, presidente do departamento de comunicação da KKR, que elogiou a Simon & Schuster por ser eficaz e bem gerida.

"Não lhes vamos dizer o que comprar, o que publicar ou o que não publicar", disse o antigo diretor da empresa-mãe da Penguin Random House, o conglomerado alemão Bertelsmann, acrescentando: "Há um legado de 99 anos de independência editorial que vamos proteger".

A Simon & Schuster tem uma excelente reputação no setor da edição de livros, para além de um desempenho operacional forte e sustentado e de ter tido um crescimento das receitas na ordem dos dois dígitos no primeiro trimestre de 2023, refere o comunicado.

A editora, que publica cerca de 2.000 livros por ano, é uma das chamadas "Big Five" do setor editorial nova-iorquino, sendo as outras a Penguin Random House, a HarperCollins Publishers, a Hachette Book Group e a Macmillan.

Com esta aquisição, a KKR espera promover a posição da empresa como uma das editoras e distribuidoras mais conhecidas do mundo, com mais de 36.000 títulos nas categorias adulto, infantil, áudio e internacional.

Para além de investir em todas as áreas necessárias para estabelecer a Simon & Schuster como uma entidade autónoma, a KKR tenciona apoiar várias iniciativas de crescimento, incluindo o alargamento do programa de publicação nacional da Simon & Schuster em vários géneros e categorias, a expansão das suas relações de distribuição e a aceleração do crescimento nos mercados internacionais, acrescenta a nota.


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