Notícia
Dona da Temu cai 28,5% em bolsa após aviso de quedas dos lucros
Embora o volume de negócios da Pinduoduo tenha crescido 86% face ao ano anterior no segundo trimestre, fixando um novo recorde com 97,1 mil milhões de yuans (12,2 mil milhões de euros), o valor ficou abaixo das previsões dos analistas: 99,9 mil milhões de yuans.
27 de Agosto de 2024 às 09:13
A gigante chinesa do comércio eletrónico Pinduoduo caiu 28,51% na bolsa Nasdaq em Nova Iorque depois da operadora da plataforma internacional Temu ter alertado para uma tendência de queda dos lucros.
"Os resultados deste trimestre mostram que o elevado crescimento das receitas não é sustentável e que uma tendência de queda da nossa rendibilidade é inevitável", disse o cofundador e presidente do grupo, Lei Chen, numa conferência com analistas.
Embora o volume de negócios da Pinduoduo tenha crescido 86% face ao ano anterior no segundo trimestre, fixando um novo recorde com 97,1 mil milhões de yuans (12,2 mil milhões de euros), o valor ficou abaixo das previsões dos analistas: 99,9 mil milhões de yuans.
O resultado líquido superou as expectativas ao atingir 32 mil milhões de yuan (4,02 mil milhões de euros) depois de ter crescido 144%. Os especialistas esperavam que fosse de cerca de 27,5 mil milhões de yuans.
"O crescimento dos lucros nos trimestres anteriores não deve ser utilizado como um guia de longo prazo (...). À medida que entramos numa nova fase de investimento, quero deixar claro aos nossos investidores que o nosso processo terá uma tendência descendente gradual a partir do terceiro trimestre, e que haverá flutuações ou recuperações no curto prazo", disse Lei.
O executivo aludiu ainda às "incertezas consideráveis" derivadas da concorrência cada vez mais intensa e às "rápidas mudanças no ambiente externo", que se traduzem em que as operações da Pinduoduo "serão cada vez mais afetadas por fatores externos ao negócio" .
Na China, a empresa compete com rivais poderosos como a Alibaba ou a JD.com por um crescimento cada vez mais difícil, dada a desaceleração da procura a nível doméstico.
A Temu expandiu rapidamente a sua presença em 75 países após o seu lançamento em setembro de 2022 e concorre com rivais chineses como a Shein, TikTok Shop ou a filial internacional da Alibaba, AliExpress, dando-se a conhecer pela oferta de produtos com preços muito baixos.
A Temu enfrenta atualmente o escrutínio das autoridades da União Europeia (UE) ou dos Estados Unidos, que ponderam impor taxas alfandegárias a este tipo de plataformas chinesas que vendem a preços baixos.
A imprensa chinesa atribui ainda a queda das ações ao desinteresse dos investidores, depois de Lei ter descartado planos de recompra de ações ou de distribuição de dividendos nos próximos anos, garantindo que a Pinduoduo ainda necessita de mais capital por estar numa "fase de investimento".
"Precisamos de investir pacientemente na saúde da plataforma a longo prazo (...). Manteremos o nosso compromisso com investimentos pacientes, mesmo que os lucros a curto prazo sejam afetados", observou Lei.
O outro cofundador da Pinduoduo, Colin Huang Zheng, é o homem mais rico da China, de acordo com o índice de milionários da Bloomberg, divulgado no início de agosto.
"Os resultados deste trimestre mostram que o elevado crescimento das receitas não é sustentável e que uma tendência de queda da nossa rendibilidade é inevitável", disse o cofundador e presidente do grupo, Lei Chen, numa conferência com analistas.
O resultado líquido superou as expectativas ao atingir 32 mil milhões de yuan (4,02 mil milhões de euros) depois de ter crescido 144%. Os especialistas esperavam que fosse de cerca de 27,5 mil milhões de yuans.
"O crescimento dos lucros nos trimestres anteriores não deve ser utilizado como um guia de longo prazo (...). À medida que entramos numa nova fase de investimento, quero deixar claro aos nossos investidores que o nosso processo terá uma tendência descendente gradual a partir do terceiro trimestre, e que haverá flutuações ou recuperações no curto prazo", disse Lei.
O executivo aludiu ainda às "incertezas consideráveis" derivadas da concorrência cada vez mais intensa e às "rápidas mudanças no ambiente externo", que se traduzem em que as operações da Pinduoduo "serão cada vez mais afetadas por fatores externos ao negócio" .
Na China, a empresa compete com rivais poderosos como a Alibaba ou a JD.com por um crescimento cada vez mais difícil, dada a desaceleração da procura a nível doméstico.
A Temu expandiu rapidamente a sua presença em 75 países após o seu lançamento em setembro de 2022 e concorre com rivais chineses como a Shein, TikTok Shop ou a filial internacional da Alibaba, AliExpress, dando-se a conhecer pela oferta de produtos com preços muito baixos.
A Temu enfrenta atualmente o escrutínio das autoridades da União Europeia (UE) ou dos Estados Unidos, que ponderam impor taxas alfandegárias a este tipo de plataformas chinesas que vendem a preços baixos.
A imprensa chinesa atribui ainda a queda das ações ao desinteresse dos investidores, depois de Lei ter descartado planos de recompra de ações ou de distribuição de dividendos nos próximos anos, garantindo que a Pinduoduo ainda necessita de mais capital por estar numa "fase de investimento".
"Precisamos de investir pacientemente na saúde da plataforma a longo prazo (...). Manteremos o nosso compromisso com investimentos pacientes, mesmo que os lucros a curto prazo sejam afetados", observou Lei.
O outro cofundador da Pinduoduo, Colin Huang Zheng, é o homem mais rico da China, de acordo com o índice de milionários da Bloomberg, divulgado no início de agosto.