As duas maiores empresas online de vídeo da China estão a juntar forças para se tornarem numa só. A Youku.com pretende comprar a concorrente menor, a Tudou Holdings, num acordo avaliado em mais de mil milhões de dólares.

A fusão das duas empresas irá criar uma líder na indústria chinesa, com uma quota de mercado de mais de um terço, de acordo com a "Reuters".

As duas empresas cotadas nos Estados Unidos têm sido concorrentes ao longo dos tempos, travando batalhas judiciais sobre alegadas violações de direitos de autor e práticas de concorrência desleal.

Ambas as empresas registaram este mês um prejuízo líquido referente ao ano passado, penalizadas pelos custos crescentes da Internet de banda larga, conteúdos e serviços de vídeo móvel, de acordo com a "Reuters".

A fusão das duas empresas representa uma boa ideia numa indústria altamente competitiva com demasiados intervenientes a lutar por mais de 450 milhões de utilizadores de Internet, segundo os analistas.

"Isto irá criar o maior site de vídeo da China, no entanto não irá criar um Youtube, dado que ainda têm menos de 50% do mercado”, disse Bill Bishop, analista independente citado pela Reuters.

As acções da Tudou, das quais 9% são detidas pela Sina Corp, subiram esta manhã 159% em Nova Iorque para 38,30 dólares, face a um valor de 15,39 dólares que registaram à hora do fecho na sexta-feira.

Também as acções da Youku subiram na sessão de hoje 15% para 28,80 dólares. Actualmente a empresa lidera o mercado chinês fragmentado do vídeo online com uma quota de mercado de 21,8%, à frente da Tudou, com uma quota de mercado de 13,7%.

"Sabemos que o mercado de vídeo online é muito competitivo. Existem 10 jogadores onde só deveriam existir apenas dois", disse Michael Clendenin, director da consultora RedTech.

"Depois desta fusão ainda continuam a existir demasiadas empresas nesta indústria", acrescentou o analista, tais como a Sohu.com, a Baidu e a Tencent Holdings, que estão a tentar desenvolver uma plataforma de vídeo online.

"Estes não são jogadores pequenos e insignificantes. Por isso, apesar disto ser um passo na direcção certa em termos de consolidação, continua a existir um grande caminho a percorrer", disse Clendenin.