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Deco diz que qualidade do gasóleo das marcas brancas "é rigorosamente igual" à da Galp
A Deco realizou um estudo comparativo à eficiência de gasóleo da Galp GForce, do Jumbo, Galp Hi-Energy e do Intermaché e o resultado é que "é tudo igual ao litro". Ou seja, estes produtos apresentam desempenhos semelhantes.
A Deco realizou um testo comparativo à eficiência de alguns tipos de gasóleo (Galp GForce, do Jumbo, Galp Hi-Energy e do Intermaché) e a conclusão a que chegou é que os produtos apresentam desempenhos semelhantes. Não havendo por isso, diferenças entre os produtos das diferentes marcas.
Jorge Morgado, da Deco, defende que “os preços dos combustíveis, nos bolsos dos consumidores” têm actualmente um peso “enorme”. “Por outro lado, sabíamos que existiam alguns mitos em torno das chamadas bombas low cost (…). Com este estudo, tentámos provar que efectivamente é tudo igual ao litro. Não há razão para não comprar o combustível - estamos a falar de gasóleo - mais barato”, acrescentou aos jornalistas à margem da apresentação do estudo, em Lisboa.
Por outro lado, Vítor Machado, coordenador técnico da Deco, explica que para realizar este estudo, a Deco comprou quatro carros novos. “Preparámo-los de forma a que sejam iguais e abastecemos cada um deles com quatro marcas diferentes de combustíveis: dois da Galp - GForce e Hi Energy - e Intermarché e Jumbo. E o resultado ao nível das grandes alegações de performance técnica resultaram no empate técnico”. Daí que não se possa dizer que haja diferenças entre as quatro marcas.
Já no que diz respeito à gasolina, o coordenador não quis garantir que o resultado seja igual ao do gasóleo porque é preciso “um teste autónomo” para o fazer. Contudo, referiu que “não há indícios de que será diferente na gasolina”.
Regulação no sector dos combustíveis
Jorge Morgado apontou ainda que “este sector é suficientemente importante na economia nacional, na vida económica das famílias, para não ser regulado de uma forma mais eficaz, mais diária, precisamente para que isto tenha impacto nos preços finais dos produtos, tenha impacto em toda a postura das empresas perante os consumidores”.
“A economia nacional iria sofrer um impacto positivo se houvesse uma regulação efectiva do sector”, sustenta. Neste sentido, a Deco quer que seja criada uma entidade reguladora única e independente para o sector. O objectivo é que todo o sector dos combustíveis seja controlado e regulado, nomeadamente no que diz respeito à transparência dos preços, e que esta entidade tenha competências punitivas e coimas de peso real.
As gasolineiras, entretanto, já tomaram esta sexta-feira conhecimento do estudo. E os partidos e Governo, através do Ministério da Economia, também.