Notícia
Datas-chave do processo Galp/ENI
Janeiro de 2000
A ENI, EDP e a Iberdrola entram no capital da Galp Energia.
Junho de 2002
Os italianos da ENI não exerceram a primeira opção de compra...
Janeiro de 2000
A ENI, EDP e a Iberdrola entram no capital da Galp Energia.
Junho de 2002
Os italianos da ENI não exerceram a primeira opção de compra («call-option») que, se executada, lhe dava o controlo accionista da Galp.
Dezembro de 2003
O modelo de reestruturação do então ministro da Economia, Carlos Tavares, foi aprovado em Conselho de Ministros. No âmbito desta resolução, foi estabelecido um acordo entre o Estado e a ENI que determinava que a EDP, ENI e REN tomariam o negócio do gás natural da Galp (GDP) por aquisição ou cisão. A EDP (51%) e a ENI (49%) passavam assim a ser os únicos detentores da GDP, já sem os activos regulados. A ENI, por seu lado, saía da área do petróleo, através da venda à Parpública da sua participação remanescente à Galp. A ENI não exerceu a segunda «call».
Julho de 2004
O chamado comité de sábios, em que participavam Eduardo Catroga, João Morais Leitão e José Luís Sapateiro, recomendava que a Parpública escolhesse a Petrocer para adquirir a participação da ENI, deixando de fora da corrida a Luso-Oil e o Grupo Mello. Este candidato acabou por apresentar uma providência cautelar contra o processo de venda da Galp Energia, contesta a actuação da “holding” estatal Parpública. Perdeu mas mantém a acção principal.
Outubro de 2005
O Governo conseguiu prorrogar os prazos de negociação com a ENI. Mas a opção de compra de mais capital, possível a partir de segunda-feira, não ficava descartada. Podia ser exercida até ao final do ano. A Eni detinha então 33,34% do capital da Galp. O remanescente estava nas mãos do Estado (30%), REN (18,3%), EDP (14,26%) e a Iberdrola (4%).
Dezembro de 2005
A Amorim Energia (liderada por Américo Amorim e com a participação da Sonangol) compra a posição da EDP e fica com a opção de compra da posição da REN, assumindo 32,5% do capital da Galp, que deverá aumentar para 33,34%.
29 de Dezembro de 2005
É assinado um acordo entre a ENI, Amorim, REN e CGD, válido até 2010, e outro acordo entre a ENI e o Estado Português. A Eni fica com 33,34% e desiste das opções de compra que poderiam levá-la até aos 47% da empresa; a Eni aceita a manutenção dos presidentes executivo, Marques Gonçalves, e do Conselho de Administração, Murteira Nabo, até ao fim do mandato (final de 2007); o Estado troca a «golden share» por uma posição de 1% da CGD com «poderes especiais»; a Galp prepara a dispersão em Bolsa de entre 10% e 30% do seu capital.