O Crédit Suisse, o segundo maior banco suíço em termos de activos, voltou a apresentar lucros, tendo conseguido, no segundo trimestre, resultados positivos de 1,3 mil milhões de francos suíços (850 milhões de euros), ou 1,09 francos suíços por acção.

Este valor compara com prejuízos de 579 milhões de francos suíços (378,6 milhões de euros) um ano antes, anunciou a instituição. Os lucros atingidos no segundo trimestre superaram as estimativas dos analistas, que estimavam resultados para o Credit Suisse de 763 milhões de francos suíços.

Os resultados foram conseguidos depois de um plano de venda de activos que rendeu cerca de cinco mil milhões de euros e da redução da força de trabalho em cerca de 11%, ou nove mil postos de trabalho.

Os administradores financeiros do Crédit Suisse, Oswald Gruebel e John Mack, admitem «uma rentabilidade sólida em 2003». No ano passado, a empresa perdeu 3,3 mil milhões de francos suíços (2,1 mil milhões de euros), o que representou a maior perda de sempre apurada por um banco europeu.

No segundo trimestre, o Credit Suisse conseguiu reduzir os custos operacionais em 23% para 5,1 mil milhões de francos suíços.

Na área de negócio Crédit Suisse Financial Servives, que integra os serviços de banco de retalho e «private», os resultados foram positivos em 829 milhões de francos suíços, um aumento de 21% face ao trimestre anterior.

E os lucros no banco de investimentos, sedeado nos Estados Unidos da América, Crédit Suisse First Boston - mais do que triplicaram para 296 milhões de dólares. Esta divisão cortou sete mil postos de trabalho.

No segundo trimestre, o grupo Crédit Suisse aumentou os activos em 2,3 mil milhões de francos suíços.

Segundo os analistas, citados pela Bloomberg, o Crédit Suisse poderá vender o ramo segurador Winthertur, adquirido em 1997, reforçando a sua actividade de banca de investimento.

No ramo segurador, a instituição teve prejuízos, no ano passado, de 992 milhões de francos suíços. No segundo trimestre, o Credit Suisse já vendeu as divisões da Winthertur de Itália e Reino Unido por 3,5 mil milhões de dólares.