A CP reduziu os prejuízos no primeiro semestre deste ano, passando de 114 milhões de euros registados em igual período de 2004 para 102 milhões de euros, o que traduz uma melhoria de 11%, ainda sem contar com as indemnizações compensatórias.

Segundo um comunicado da operadora ferroviária, também os resultados operacionais evidenciam uma melhoria, passando de 78 para 73 milhões de euros negativos, uma evolução de 6,1%.

A operadora obteve na primeira metade do ano um crescimento de 3,9% na receita que ascendeu aos 126,5 milhões de euros, também sem contar subsídios do Estado. O número de passageiros quilómetro aumentou 3,2% para 1697 milhões. Os valores recorde de receita e resultados económicos contribuíram, segundo a empresa, para a redução dos prejuízos.

O negócio de Longo Curso foi o que atingiu o maior crescimento no tráfego, mais 17,8% que em igual período do ano passado, a que correspondeu uma subida de 23,3% dos proveitos para 28,9 milhões de euros

A taxa de cobertura da empresa cresceu 2 pontos percentuais no primeiro semestre deste ano, sendo de destacar os valores alcançados no CP Longo Curso de 96%, no CP Lisboa, de 91% e no transporte de mercadorias (CP Carga) de 90%.

Ainda no tráfego de mercadorias, a CP assinala um crescimento de 3,1%, traduzindo 1198 milhões de toneladas quilómetro.

Em relação ao transporte suburbano, CP Lisboa e CP Porto, a taxa de cobertura foi de 80%. Em Lisboa, o crescimento do número de passageiros foi de 0,3%, apesar, assinala a empresa, do efeito do encerramento do Túnel do Rossio. A CP Porto cresceu 13,2%.

O negócio mais deficitário continua a ser o serviço regional, com 32% de taxa de cobertura, "prosseguindo o esforço de racionalização e optimização desta operação".

A principal participada da CP, a empresa de manutenção Emef registou também uma redução dos prejuízos no semestre de 49% para 3,4 milhões de euros.