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Conclusão das obras na Linha do Norte em Gaia volta a sofrer atraso

A conclusão total da intervenção chegou a estar prevista para 2023, mas a empreitada "sofreu vários impactos com relevância no prazo, decorrentes dos constrangimentos que se vêm registando no mercado da construção.

As metas da descarbonização justificam aposta do Governo na ferrovia.
João Cortesão
09 de Fevereiro de 2024 às 09:33
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O prazo de conclusão das obras na Linha do Norte entre Espinho e Vila Nova de Gaia voltou a atrasar-se, prevendo agora a Infraestruturas de Portugal (IP) terminar a empreitada no segundo semestre, quando anteriormente previa o primeiro.

Em resposta a questões da Lusa sobre a empreitada que começou em julho de 2020, fonte oficial da IP disse que o prazo de conclusão previsto era agora o "segundo semestre de 2024", quando em agosto de 2023 tinha previsto terminar a empreitada durante o primeiro semestre deste ano.

"Já estão concluídas ou em fase de conclusão o alteamento/alargamento de plataformas de passageiros nas estações de Gaia-Devesas e da Granja e dos apeadeiros de Aguda, Miramar e Francelos Valadares e Coimbrões", refere a IP na resposta à Lusa, estando "em execução os trabalhos de alteamento/alargamento de plataformas no apeadeiro de Madalena".

Atualmente, estão em construção uma passagem inferior para tráfego rodoviário ligeiro e duas passagens inferiores rodoviárias, estando já concluídas ou em fase de conclusão cinco passagens rodoviárias inferiores para ligeiros e outra rodoviária para todo o tipo de tráfego.

Quanto aos peões, já foram construídas cinco passagens inferiores e quatro passagens superiores.

Já relativamente às passagens superiores na Aguda e Granja, "prevê-se a abertura da passagem superior do apeadeiro da Aguda no prazo de um mês se não houver ocorrência de condições meteorológicas adversas".

Quanto à da Granja, prevê-se a conclusão dos trabalhos "até ao final do primeiro semestre do corrente ano".

Recorde-se que a IP já pôs a concurso, por 50 mil euros, estudos para passagens inferiores na Granja e Aguda, em Gaia, na sequência de um protocolo de 2022 celebrado após protestos das populações contra as passagens superiores instaladas.

Face aos protestos, e depois de manifestações contra as estruturas apelidadas de "mamarracho", "escarro arquitetónico" ou "muro de Berlim" pela população e edificadas no âmbito da renovação da Linha do Norte entre Espinho (distrito de Aveiro) e Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), foi celebrado um protocolo, em julho de 2022, que previa o estudo de soluções de passagens por debaixo da linha.

"O estudo de viabilidade consistirá numa análise técnica para a identificação das várias soluções e quantificação das intervenções a realizar na envolvente da infraestrutura para desnivelamento, que permita a passagem de peões na Estação de Granja e Apeadeiro de Aguda", referiu fonte oficial da IP à Lusa, em agosto.

A conclusão total da intervenção chegou a estar prevista para 2023, mas a empreitada "sofreu vários impactos com relevância no prazo, decorrentes dos constrangimentos que se vêm registando no mercado da construção, designadamente, quanto à disponibilidade e prazo de fornecimento de materiais e às dificuldades sentidas pelos empreiteiros e subempreiteiros na contratação de meios humanos e de equipamentos".

A intervenção entre Espinho e Vila Nova de Gaia, realizada ao abrigo do programa Ferrovia 2020, está orçamentada em 55,3 milhões de euros e iniciou-se em julho de 2020.

Inicialmente, aquando do lançamento do programa Ferrovia 2020, em 2016, estava previsto que as obras decorressem entre 2017 e 2019.
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