Notícia
Colt equaciona fazer novos investimentos nas zonas de amarração portuguesas
Desde 2001 até 2023, a Colt Technology Services Portugal investiu mais de 115 milhões de euros em Portugal, sendo que o investimento foi "muito mais acentuado desde 2018 após a criação do primeiro centro de competência", diz Carlos Jesus.
07 de Outubro de 2024 às 13:39
A Colt Portugal está a "equacionar a possibilidade de fazer novos investimentos nas zonas de amarração portuguesas", diz, em entrevista à Lusa, o 'country manager' da tecnológica que já investiu mais de 115 milhões de euros no país.
A tecnológica acaba de investir mais de um milhão de euros em Portugal para ligar mais dois centros de dados à sua rede - centros de dados da AtlasEdge, em Carnaxide, e da Altice, em Linda-a-Velha.
Desde 2001 até 2023, a Colt Technology Services Portugal investiu mais de 115 milhões de euros em Portugal, sendo que o investimento foi "muito mais acentuado desde 2018 após a criação do primeiro centro de competência", diz Carlos Jesus.
Questionado sobre a relevância de Portugal para o negócio da Colt, o vice-presidente para a área de 'global service delivery' e 'country manager' da Colt Technology Services em Portugal refere que é "grande e crescente, quer seja pelos três centros de competência" que tem em Portugal, "quer seja pela infraestrutura de telecomunicações e pelo posicionamento estratégico que o país tem no contexto da conectividade à escala mundial".
Aliás, "é justamente em virtude disto que expandimos o nosso Global IP Transit Backbone and Services a Lisboa", pois "até à data não havia nenhum ponto de interligação internacional (PoP) de nível de topo (Tier1) em Portugal", prossegue Carlos Jesus.
"O Global IP Transit Backbone and Services da Colt será o primeiro e permite que o nosso país passe a dispor de um ponto de entrada direto à rede Tier1 de Transito IP, que é a principal a nível mundial", refere o gestor.
Os pontos de interligação "até agora eram Frankfurt (Alemanha) e Londres (Reino Unido), e a partir de agora Lisboa/Portugal entra também nesta equação, criando uma clara vantagem competitiva para o país no contexto das telecomunicações à escala global, em particular se associarmos este PoP às estações de amarração de cabos submarinos de que dispomos, o que nos permite reduzir a latência e oferecer ligações seguras e robustas para todo o mundo aos fornecedores de serviços e conteúdos 'online'", detalha Carlos Jesus.
De acordo com o responsável, "Portugal tem um papel fulcral na diversificação da conectividade e em evitar a saturação das redes de comunicações, afirmando-se como uma verdadeira porta de entrada para a Europa e uma via direta de acesso das empresas de todo o mundo a um mercado de mais de 750 milhões de potenciais consumidores".
"Portugal, seja pelas rotas das comunicações terrestres que permite e potencia ligando a Península Ibérica ao Norte da Europa, seja porque possui vários centros de amarração dos cabos submarinos que garantem as comunicações da Europa com as Américas, a África e a Ásia, tem um papel cada vez mais relevante no desenvolvimento das comunicações à escala global", salienta.
Mais de 400 cabos submarinos estão operacionais em todo o mundo, atualmente, e até 2025 serão adicionados mais 45 cabos.
"Esta capacidade irá aumentar significativamente nos próximos anos, visto que irão entrar em total funcionamento três novos cabos submarinos (Ellalink, Equiano e 2Africa) que aterram em Portugal, elevando a capacidade para cinco cabos submarinos, ligando a Europa à África e às Américas, o que representa um importante reforço do poder do 'hub' de conectividade português", sublinha.
Os investimentos em infraestrutura de banda larga e digitais "têm sido muito intensos no nosso país e, nos últimos 10 anos, a economia digital do país tem registado um crescimento sem precedentes", pelo que "é fácil compreender que desfrutamos de uma oportunidade única para fomentarmos o investimento em centros de dados, serviços de 'cloud' e de 'edge computing' - as tecnologias do futuro, em Portugal e para sermos um destino atraente para empresas que pretendem desenvolver e testar soluções tecnológicas avançadas em diferentes setores, como saúde, educação, energia, mobilidade, turismo, entre outros", considera.
Nesse sentido, "a Colt está atenta a esta evolução e a equacionar a possibilidade de fazer novos investimentos nas zonas de amarração portuguesas, e possui ligações a vários cabos submarinos permitindo que os seus clientes possam fazer subligações aos cabos existentes", admite Carlos Jesus.
O responsável diz ainda que a tecnológica tem "um número alargado de pessoas que prestam serviços para o grupo a partir" de Portugal, "mantendo a relevância do talento português no contexto do grupo e da sua capacidade para o ajudar a alcançar os seus objetivos estratégicos de inovação e expansão".
Atualmente, "temos uma equipa de cerca de 130 pessoas em Portugal" e só "temos a decorrer campanhas de recrutamento para substituição das pessoas que saem", acrescenta.
Quanto às duas novas ligações de centros de dados, o gestor refere que estas "aumentam a capilaridade" da rede, reforçando a posição estratégica de Portugal no grupo Colt.
"Desta forma passamos a ligar 15 centros de dados", sublinha, referindo que a Colt "está atenta ao setor dos 'data centres' em Portugal" e que "a dimensão do mercado de centros de dados em Portugal foi recentemente avaliada em 931,2 milhões de dólares e deverá atingir os 1,3 mil milhões de dólares até 2027".
A Colt tem três centros de competências em Portugal, duas redes de área metropolitana (MAN -- Lisboa e Porto), 830 quilómetros de rede de fibra ótica, e disponibiliza também 1.700 quilómetros adicionais de rede de longa distância através da sua IQ Network, ligando 15 'data centers', mais de 777 edifícios e oito parques industriais em Lisboa, Porto, Oeiras, Sintra, Vila Nova de Gaia e Maia, sintetiza.
A tecnológica acaba de investir mais de um milhão de euros em Portugal para ligar mais dois centros de dados à sua rede - centros de dados da AtlasEdge, em Carnaxide, e da Altice, em Linda-a-Velha.
Questionado sobre a relevância de Portugal para o negócio da Colt, o vice-presidente para a área de 'global service delivery' e 'country manager' da Colt Technology Services em Portugal refere que é "grande e crescente, quer seja pelos três centros de competência" que tem em Portugal, "quer seja pela infraestrutura de telecomunicações e pelo posicionamento estratégico que o país tem no contexto da conectividade à escala mundial".
Aliás, "é justamente em virtude disto que expandimos o nosso Global IP Transit Backbone and Services a Lisboa", pois "até à data não havia nenhum ponto de interligação internacional (PoP) de nível de topo (Tier1) em Portugal", prossegue Carlos Jesus.
"O Global IP Transit Backbone and Services da Colt será o primeiro e permite que o nosso país passe a dispor de um ponto de entrada direto à rede Tier1 de Transito IP, que é a principal a nível mundial", refere o gestor.
Os pontos de interligação "até agora eram Frankfurt (Alemanha) e Londres (Reino Unido), e a partir de agora Lisboa/Portugal entra também nesta equação, criando uma clara vantagem competitiva para o país no contexto das telecomunicações à escala global, em particular se associarmos este PoP às estações de amarração de cabos submarinos de que dispomos, o que nos permite reduzir a latência e oferecer ligações seguras e robustas para todo o mundo aos fornecedores de serviços e conteúdos 'online'", detalha Carlos Jesus.
De acordo com o responsável, "Portugal tem um papel fulcral na diversificação da conectividade e em evitar a saturação das redes de comunicações, afirmando-se como uma verdadeira porta de entrada para a Europa e uma via direta de acesso das empresas de todo o mundo a um mercado de mais de 750 milhões de potenciais consumidores".
"Portugal, seja pelas rotas das comunicações terrestres que permite e potencia ligando a Península Ibérica ao Norte da Europa, seja porque possui vários centros de amarração dos cabos submarinos que garantem as comunicações da Europa com as Américas, a África e a Ásia, tem um papel cada vez mais relevante no desenvolvimento das comunicações à escala global", salienta.
Mais de 400 cabos submarinos estão operacionais em todo o mundo, atualmente, e até 2025 serão adicionados mais 45 cabos.
"Esta capacidade irá aumentar significativamente nos próximos anos, visto que irão entrar em total funcionamento três novos cabos submarinos (Ellalink, Equiano e 2Africa) que aterram em Portugal, elevando a capacidade para cinco cabos submarinos, ligando a Europa à África e às Américas, o que representa um importante reforço do poder do 'hub' de conectividade português", sublinha.
Os investimentos em infraestrutura de banda larga e digitais "têm sido muito intensos no nosso país e, nos últimos 10 anos, a economia digital do país tem registado um crescimento sem precedentes", pelo que "é fácil compreender que desfrutamos de uma oportunidade única para fomentarmos o investimento em centros de dados, serviços de 'cloud' e de 'edge computing' - as tecnologias do futuro, em Portugal e para sermos um destino atraente para empresas que pretendem desenvolver e testar soluções tecnológicas avançadas em diferentes setores, como saúde, educação, energia, mobilidade, turismo, entre outros", considera.
Nesse sentido, "a Colt está atenta a esta evolução e a equacionar a possibilidade de fazer novos investimentos nas zonas de amarração portuguesas, e possui ligações a vários cabos submarinos permitindo que os seus clientes possam fazer subligações aos cabos existentes", admite Carlos Jesus.
O responsável diz ainda que a tecnológica tem "um número alargado de pessoas que prestam serviços para o grupo a partir" de Portugal, "mantendo a relevância do talento português no contexto do grupo e da sua capacidade para o ajudar a alcançar os seus objetivos estratégicos de inovação e expansão".
Atualmente, "temos uma equipa de cerca de 130 pessoas em Portugal" e só "temos a decorrer campanhas de recrutamento para substituição das pessoas que saem", acrescenta.
Quanto às duas novas ligações de centros de dados, o gestor refere que estas "aumentam a capilaridade" da rede, reforçando a posição estratégica de Portugal no grupo Colt.
"Desta forma passamos a ligar 15 centros de dados", sublinha, referindo que a Colt "está atenta ao setor dos 'data centres' em Portugal" e que "a dimensão do mercado de centros de dados em Portugal foi recentemente avaliada em 931,2 milhões de dólares e deverá atingir os 1,3 mil milhões de dólares até 2027".
A Colt tem três centros de competências em Portugal, duas redes de área metropolitana (MAN -- Lisboa e Porto), 830 quilómetros de rede de fibra ótica, e disponibiliza também 1.700 quilómetros adicionais de rede de longa distância através da sua IQ Network, ligando 15 'data centers', mais de 777 edifícios e oito parques industriais em Lisboa, Porto, Oeiras, Sintra, Vila Nova de Gaia e Maia, sintetiza.