A Celulose do Caima associada à Cofina e ao Grupo Arsopi pretendem concorrer com a Sonae à privatização da Portucel, avança hoje o «Diário de Notícias».

A Celulose do Caima, que é detida pelo grupo liderado por Paulo Fernandes e a Arsopi, accionista da cervejeira Unicer, tencionam adquirir a produtora de pasta e papel, tendo já manifestado ao Governo essa intenção.

A intenção do Governo é realizar a venda Portucel ainda este ano, não sem antes resolver o fim do litígio relativo ao aumento de capital da Portucel e a fusão desta com a Soporcel.

A decisão de alienar um lote indivisível de 25% em concurso público não agradou ao Grupo Sonae, que já o fez saber junto do Primeiro Ministro, adianta o «Diário de Notícias».

A venda de um bloco indivisível de 25% assegura à empresa alguma estabilidade accionista na empresa e garante alguma competição, afastando qualquer cenário de favoritismo.

No passado dia cinco de Abril, o Conselho de Ministros aprovou o decreto lei que aprova a alienação de até 40% da empresa de pasta e papel, e o ministro da Economia revelou o interesse da Portucel em concorrer à privatização da congénere espanhola Ence.

Os critérios de selecção assentam na contribuição para a continuidade da «identidade empresarial da Portucel e a apresentação de um adequado projecto estratégico para a sociedade nos seus diversos domínios da actividade», na «manutenção da Portucel como sociedade de capital aberto ao investimento do público», no reforço da capacidade concorrencial da empresa no plano internacional e no preço oferecido.

A Portucel encerrou a sessão de sexta-feira a cair 1,63% para os 1,21 euros (243 escudos).