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CEO portugueses ganham 32 vezes mais do que trabalhadores

O CEO da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, ganhou mais de três milhões de euros em 2021, o que representa uma subida de 19,3% face a 2020, liderando assim o ranking de disparidade salarial.

Tiago Petinga/Lusa
26 de Maio de 2022 às 09:14
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Os CEO das maiores empresas portuguesas cotadas em bolsa ganham, em média, mais 32 vezes do que os trabalhadores, de acordo com uma análise aos salários auferidos ao longo do ano passado realizada pela Deco e noticiada pela Renascença. O líder da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, recebeu mesmo quase 263 vezes mais que o salário médio dos funcionários, registando assim a maior disparidade salarial do grupo.

Soares dos Santos ganhou mais de três milhões de euros em 2021, o que representa uma subida de 19,3% face a 2020. No ranking de disparidade salarial, segue-se Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, cujo salário de 1,6 milhões de euros é 77 vezes superior à remuneração média dos trabalhadores do grupo. O pódio é fechado pela Mota-Engil, liderada por Gonçalo Moura Martins, que registou um rendimento anual 73,3 vezes mais elevado que a média.

Os dados "ajudam a perceber as grandes diferenças em matérias de remuneração dos CEO em Portugal", segundo explica o coordenador do estudo da Deco, João Sousa, em declarações à Renascença. "A política de remunerações é, na prática e na maioria dos casos, muito vaga e não permite que seja votada, de forma individualizada, a remuneração dos membros do conselho de administração", critica.
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