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Capital de empresas recuperou pouco após crise da última década

Já o fator trabalho teve uma melhor evolução, segundo estudo do Banco de Portugal.

A indústria transformadora está entre os setores de atividade que ainda não recuperaram o nível de emprego.
Paulo Duarte
18 de Outubro de 2022 às 11:00
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Seja entre as empresas mais antigas, seja nos novos negócios, o período de expansão económica vivido após a crise da última década e interrompido pela pandemia pouco alterou o cenário quanto à evolução dos fatores produtivos no tecido empresarial nacional.

 

A conclusão é de um estudo do Banco de Portugal, "Acumulação de Fatores Produtivos", incluído no Boletim Económico de outubro da instituição e publicado nesta terça-feira. A publicação analisa a evolução da massa salarial e dos ativos de uma base dados de mais de cerca de 590 mil empresas no período de 2006 a 2020.

 

Nas empresas que permaneceram ativas durante todo este período, reflete o estudo, a crise das dúvidas soberanas levou a uma redução de investimento e depreciação do stock de capital, sobretudo mais pronunciado entre as empresas que já estavam menos capitalizadas.

 

A recuperação, depois, deu-se sobretudo nas empresas com os maiores stocks de capital. Mas, "mesmo aí, foi moderada, permitindo recuperar aproximadamente os níveis no início da amostra", que arranca em 2006.

 

Já a recuperação do fator trabalho quando o ciclo económico melhorou "foi bastante mais dinâmica", e "excedeu claramente" os níveis do ponto de partida.

 

O estudo analisa também a evolução nas empresas novas, aquelas que tinham até cinco anos de vida ao longo do período analisado, observando nestas uma redução dos stocks de capital para metade de 2006 a 2014, de uma forma bastante transversal.

 

Também o volume de trabalho caiu em cerca de um quarto nestas empresas.

 

Mas, na fase de expansão económica até 2019, já não houve uma recuperação dos stocks de capital para os níveis registados em 2006.

 

"Esta evidência sugere a persistência de fatores que afetam negativamente o investimento das empresas em início de vida no período recente, e remete para a importância de políticas que alterem esta situação", refere a publicação.

 

As mesmas dificuldades são sentidas nas empresas mais antigas, mas de menor dimensão, em diversos sectores se atividade, assinala a publicação.

 

 

 

 

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