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Benfica é único dos três grandes que não apresenta prejuízos
Fábio Coentrão é o principal responsável pelo resultado positivo do Benfica. Pelo contrário, a ausência de transacções de jogadores - como as de João Moutinho e Bruno Alves em 2010 - foi o motivo para a derrota nas contas do Porto e do Sporting de 2011.
O Benfica foi o único dos três grandes do futebol português a apresentar um lucro nos resultados de 2011. Fábio Coentrão, que partiu da Luz para Madrid, foi o principal responsável. Porto e Sporting não encaixaram grandes quantias com partidas de jogadores. Ficaram-se pelos prejuízos. Num ano, as águias voaram para um lucro 15 vezes superior. De 527,8 mil euros passaram para um resultado líquido positivo de 8,3 milhões de euros no primeiro semestre fiscal do ano 2011/2012.
Se o Benfica foi impulsionado pela venda de atletas - além das receitas com a participação na Liga dos Campeões - , os azuis e brancos foram penalizados pela mesma rubrica: “diminuição dos resultados com transacções de passes de jogadores”.
A SAD liderada por Pinto da Costa viu o lucro de 6,47 milhões de euros descer para um resultado líquido negativo na ordem dos 8,88 milhões de euros. O número positivo em 2010 tinha sido dinamizado pela venda de Raul Meireles e Bruno Alves.
Da mesma forma, os “proveitos com transacções de passes” – como o de João Moutinho e Miguel Veloso –, que justificaram o resultado positivo do Sporting em 2010, não mantiveram o mesmo nível e, por isso, registou-se um resultado líquido negativo de 19,12 milhões de euros.
Nos resultados que divulgaram através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as três SAD dos clubes de futebol registaram um aumento tanto do passivo como do activo.
O passivo consolidado do Benfica (contas da SAD somadas às do clube) alcançou os 403,72 milhões de euros, com uma subida de 6% entre Junho e Dezembro de 2011.
Por sua vez, a cotada liderada por Godinho Lopes verificou uma subida do seu passivo (individual) na ordem dos 16% para 230,7 milhões de euros.
Já o FCP registou um aumento de 5% do passivo para 212,19 milhões de euros. Um aumento que a SAD de Pinto da Costa diz trazer pressão para a tesouraria, já que dificulta a capacidade de liquidar dívidas no curto prazo.
Algo comum às contas semestrais dos três clubes é também o agravamento dos custos financeiros, associado à dificuldade na obtenção de crédito.
Em bolsa, o ano de 2011 foi um período de negociação em mínimos históricos para as três SAD. Hoje, o Sporting desvaloriza 9,62% para 0,47 euros (apenas com 100 acções transaccionadas), enquanto que o SLB soma 1,12% para 0,90 euros (1.329 títulos movimentados). Ainda não trocaram de mãos quaisquer acções dos dragões, pelo que os títulos continuam inalterados nos 0,51 euros.
(Notícia corrigida e actualizada às 15h20, no que diz respeito às informações sobre o passivo das SAD)
