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Barraqueiro quer aeroporto privado em Santarém dentro de três anos

O grupo está também disponível para avançar para um aeroporto regional a 80 quilómetros de Lisboa, com um investimento de mil milhões que permitiria construir um aeroporto com capacidade para 10 milhões de passageiros.

A B-Rail, do grupo Barraqueiro, liderado por Humberto Pedrosa, requereu à AMT a operação de 24 horários diários no eixo Braga-Faro.
Miguel Baltazar
22 de Setembro de 2022 às 10:33
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O aeroporto privado regional que o Grupo Barraqueiro prevê construir Santarém poderá ficar pronto em três anos e custar mil milhões de euros. Terá só uma pista, capacidade até 10 milhões de passageiros e tem o sector da carga na mira, avança o Público

Estudada durante três anos com recurso a consultoras especializadas internacionais, a localização prevista para a infraestrutura privada será entre a estação da Mato Miranda, na linha do Norte, e a estação de serviço da BP, na A1.

O grupo está também disponível para avançar para um aeroporto regional a 80 quilómetros de Lisboa, vocacionado também para servir a região Centro, com um investimento de mil milhões que permitiria construir um aeroporto com uma pista de 3.300 metros e uma capacidade para 10 milhões de passageiros por ano, sendo financiado por taxas aeroportuárias.

Para um aeroporto maior, com três pistas paralelas e 100 milhões de passageiros por ano, o investimento aumentaria para 4,5 mil milhões de euros.

A Barraqueiro está disposta a avançar para este investimento uma vez que, do ponto de vista legal, a concessão do aeroporto Humberto Delgado à francesa Vinci inclui um raio de 75 quilómetros em torno do qual não pode haver concorrência. A localização de Santarém fica a 80. 

Com previsões – que se têm revelado acertadas – de que o aeroporto de Lisboa crescerá até aos 50 milhões de passageiros em 2035 (em 2019, bateu o recorde de 31 milhões e os números atuais aproximam-se desse valor), os estudos dos consultores internacionais da Barraqueiro asseguram que haverá sempre mercado para Santarém, independentemente das soluções que estão em cima da mesa para Montijo ou Alcochete.

Há mais: a carga aérea. A Amazon tem uma plataforma em Leipzig, mas pretende instalar-se mais a sul para servir a Europa do Sul e o Norte de África. Portugal e, neste caso, Santarém, poderia tentar ser a localização escolhida, pois será difícil que Lisboa pudesse aguentar mais tráfego aéreo de mercadorias.

Para este grupo privado, a ideia é avançar com este projeto independentemente da decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa. Mas se o Governo acabar por escolher esta localização a Barraqueiro pretende fazer parte dessa solução. E, se assim for, o Estado arrisca-se a ter no aeroporto o parceiro que já teve um peso significativo no capital na TAP.
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