O presidente do Banco Insular, desde a fundação do banco até hoje, José Vaz Mascarenhas, afirmou na comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) que aquela instituição cabo-verdiana sempre foi da Sociedade Lusa de Negócios (SLN). "No meu espírito não há nenhuma dúvida" de que o Insular era da SLN.


Quando a Fincor teve que vender o Insular, houve "um acordo de cavalheiros entre mim e Oliveira Costa para o Insular ser comprado por uma empresa da SLN", para criar o banco em cabo verde com autonomia, afirmou Vaz Mascarenhas.

No entanto, o banco acabou por ser comprado pela Insular Holdings, cujas acções eram detidas por José Vaz Mascarenhas, mas que de imediato recebeu uma carta da administração da SLN SGPS, subscrita por todos os administradores, dizendo que "a qualquer momento a SLN, através da Marazai, poderia apropriar-se da Insular Holdings".


Quando, em 2007, a Insular Holdings foi vendida a mais quatro investidores além do próprio Vaz Mascarenhas, todos eles assinaram um contrato de promessa de venda semelhante. "Éramos mandatários sem representação. Nunca comprei acções da Insular Holding porque nunca despendi esse dinheiro. Foi a SLN que o despendeu. Nós tínhamos um mandato de representação e não a propriedade efectiva".