A ATM - Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais, que durante a OPA defendeu a desblindagem dos estatutos, divulgou um comunicado onde afirma que "a CMVM tem actuado de forma irrepreensível na defesa dos investidores, evidenciando uma postura clara, rigorosa e imparcial com forte orientação para uma cultura de mercado".

"É com grande satisfação que a ATM recebe as as declarações proferidas hoje por Carlos Tavares, presidente da CMVM, perante a comissão parlamentar do Orçamento e Finanças, relativamente matéria de ‘corporate governance’, em particular sobre a limitação dos direitos de voto em que defende o principio uma acção, um voto", refere o comunicado emitido hoje.

A mesma fonte acrescenta que "não reconhecer o valor do principio e da atitude do regulador sobre esta matéria, é não perceber e não querer saber o que realmente é melhor para o mercado e para os accionistas e estar completamente alheado do que a Comissão Europeia tem tentado defender na directiva sobre as OPA".

Hoje, no Parlamento, Carlos Tavares defendeu que a limitação dos direitos de voto deve ser utilizada no interesse de todos os accionistas e não apenas de alguns. Recordou ainda que a CMVM sempre defendeu o principio de uma acção, um voto. 

O presidente da CMVM lembrou também que o entidade regulador já produziu recomendações sobre esta matéria que pretende densificar no Código do Governo das Sociedades, que deverá ser apresentado em breve.